Governo do Estado e regionais de Saúde discutem avanço da dengue no Paraná

O avanço da dengue nos municípios do Paraná levou o Governo do Estado a organizar uma videoconferência na tarde de ontem, com a participação de prefeitos, secretários municipais de Saúde, técnicos e equipes de todas as regionais de Saúde.
Durante a reunião online, o secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, falou sobre o que é necessário fazer para evitar que a epidemia se espalhe pelo território paranaense.
Segundo ele, 73% dos casos confirmados de dengue no Paraná estão distribuídos em cinco municípios, dois deles no Extremo-Noroeste do estado: Paranavaí e São Carlos do Ivaí. Japurá, Fênix e Peabiru completam a lista das cidades que mais preocupam.
A remoção dos criadouros do mosquito transmissor da dengue é a principal forma de evitar que a doença se alastre. “Tem municípios com verdadeiros depósitos”, disse Caputo Neto.
Conforme destacou, é necessário fazer uma grande mobilização social envolvendo todos os setores da comunidade. A integração de agentes de endemias e agentes comunitários de saúde também é fundamental. “O trabalho de enfrentamento deve ser contínuo”.
Durante a videoconferência, o secretário de Estado de Saúde ressaltou que a participação da população no combate à dengue é primordial para conter o avanço da doença.
“Um ato individual pode desencadear um sério problema de saúde pública”, disse Caputo Neto, referindo-se ao descaso de moradores que não fazem a correta destinação do lixo e garantem condições para a reprodução do mosquito transmissor da dengue.
Em relação à postura dos gestores municipais e das equipes das regionais de Saúde, o secretário cobrou transparência no repasse de informações sobre as notificações. “Temos de trabalhar com números reais para que todas as ações e intervenções aconteçam de forma eficaz”.
O risco de que o número de casos de dengue no Paraná cresça vertiginosamente é motivo de preocupação, principalmente por causa do período de altas temperaturas e muita chuva que as previsões do tempo vislumbram.
A incidência de casos do tipo quatro da doença, um deles em Paranavaí, também geram alerta máximo entre as autoridades em saúde. “Vamos entrar em um período muito crítico”, disse o superintendente estadual de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paulo Alves Paz.