Governo do Paraná pede que Justiça declare ilegal a greve dos professores

CURITIBA – O governo do Paraná entrou na Justiça, no final da tarde de sexta-feira, pedindo que a greve dos professores estaduais seja considerada "abusiva e ilegal".
Os docentes da rede pública estão paralisados há três semanas. Não houve aulas em nenhuma das 2.100 escolas estaduais do Paraná nesse período. São 970 mil estudantes afetados.
O governo de Beto Richa (PSDB) entendeu que um acordo para encerrar a greve já havia sido atingido na última quarta (25). Em reunião com a APP-Sindicato, que representa os professores, o Estado prometeu atender as principais reivindicações da categoria, como pagamento de férias atrasadas e aumento do número de turmas.
O sindicato, porém, manteve a paralisação. Nesta sexta-feira, enviou ofício ao Estado afirmando que as propostas foram "insuficientes" e pediu a retomada das negociações. Uma assembleia para definir se a categoria aceita ou não as propostas só acontecerá na próxima quarta-feira (4).
"Há uma desconfiança grande da categoria com este governo, que se comprometeu com muita coisa. Mas não temos garantias de que ele vá mesmo pagar", afirmou Luiz Fernando Rodrigues, secretário de comunicação da APP-Sindicato, após a última reunião.
Para o governo, o documento desta sexta rompeu o acordo firmado anteriormente.
O Tribunal de Justiça do Paraná ainda não havia se manifestado sobre o pedido até o fim da noite desta sexta. A Folha não conseguiu fazer contato com representantes da APP-Sindicato.