Governo não vai ceder ao apelo da irresponsabilidade fiscal, diz Rossoni

CURITIBA – O chefe da Casa Civil Valdir Rossoni apresentou, ontem, um balanço das ações do Governo do Estado na sessão que deu início aos trabalhos em plenário na Assembleia Legislativa.
Ao ler a mensagem do governador Beto Richa, o secretário ressaltou a importância do ajuste das contas públicas para manter o equilíbrio fiscal. “Não cedemos ao apelo da irresponsabilidade fiscal que teria nos levado à catástrofe que hoje abala outros estados”, frisou.
Rossoni destacou os graves efeitos da crise econômica sobre as receitas estaduais e disse que o governo faz questão de evidenciar o reconhecimento público a todos os deputados que contribuíram para aprovar as medidas do ajuste fiscal, mesmo quando o Executivo e o Legislativo sofreram severa pressão política e desgaste com a opinião pública.
Segundo ele, a determinação do governo e dos parlamentares amenizou os efeitos da crise no Paraná. “A recessão bateu às nossas portas numa dimensão inferior à que levou outros estados à beira da falência”, afirmou, enfatizando que o ajuste das contas foi bem sucedido porque também “incluiu medidas duras e permanentes de redução das despesas de custeio da administração”.
Ele reforçou que todas as ações adotadas pelo governador Beto Richa, desde 2014, “se revelaram fundamentais na preservação e melhoria da qualidade dos serviços prestados à população”.
Rossoni sublinhou que os investimentos do Estado chegaram a R$ 5,8 bilhões em 2016, o dobro do ano anterior, e devem alcançar R$ 7,6 bilhões no atual exercício.
No texto, o Governo do Estado informa que repassou aos municípios paranaenses R$ 8,1 bilhões em ICMS e IPVA no ano passado, além de uma cota extra de R$ 430 milhões em janeiro, resultado da antecipação no pagamento de tributos por empresas beneficiadas pelo programa de incentivos fiscais.
A mensagem enviada pelo governo ao legislativo enfatiza que o Paraná também está numa posição mais favorável em relação a outros estados por conta da implementação do programa de industrialização Paraná Competitivo, “que em quatro anos atraiu R$ 40 bilhões, e interiorizou o nosso desenvolvimento numa escala jamais vista”.