Greve dos Correios tem baixa adesão em Paranavaí
Na tarde de ontem, Cabral informou que em Paranavaí a adesão foi pequena, mas que o número de funcionários aderindo à greve deve aumentar gradativamente. Segundo ele, a paralisação deve se estender até que o governo federal atenda as propostas apresentadas pela categoria, que incluem, ainda, contratação de mais servidores e aumento no valor do auxílio-alimentação.
O atendimento ao público e a entrega de correspondências não deve ser prejudicado, conforme afirmou o representante sindical. “Temos de manter trinta por cento dos serviços, por isso, as pessoas vão ser atendidas normalmente”, garantiu Cabral.
FALTA APOIO – Cabral lamentou o fato de a adesão à greve ter sido pequena em Paranavaí. “Se todos participassem, nosso movimento teria mais força, nossas reivindicações teriam mais peso e nós conseguiríamos muito mais”, disse.
Segundo ele, a greve não põe em risco a credibilidade dos Correios junto à população e aos funcionários. “Estamos nos mobilizando porque gostamos de trabalhar na empresa. Mas queremos condições dignas de trabalho, para executarmos serviço de qualidade”, destacou Cabral.
O que a categoria reivindica
A categoria pede reajuste de 43,7% – soma das perdas salariais desde o Plano Real e da inflação do período mais aumento real – e aumento linear de R$ 200, ticket alimentação de R$ 35 por dia, a contratação imediata de 30 mil trabalhadores e o fim das terceirizações, além de garantias de melhores condições de trabalho.
Inicialmente, os Correios ofereceram 3% de reajuste. A proposta foi rejeitada por unanimidade nas assembleias realizadas pela categoria em todo o país, e, na semana passada, a empresa voltou a fazer nova proposta, desta vez de 5,2% de ajuste – equivalente à inflação dos últimos 12 meses.
Os Correios afirmam que o reajuste de 5,2% elevaria o salário-base inicial para R$ 991,77. "Se somado o adicional de atividade que os carteiros recebem, o vencimento subiria para R$ 1.289,30. Este cargo é de nível médio", informaram, em nota.