Greve dos professores atinge alto índice de adesão, diz APP-Sindicato de Paranavaí

A greve dos professores da rede estadual de ensino alcançou índices elevados de adesão em Paranavaí e região. Pelos cálculos da APP-Sindicato, 90% dos professores paralisaram as atividades no primeiro dia do movimento. Para o Núcleo Regional de Educação, o índice é um pouco menor – 86%.
A chefe do Núcleo, Rosana Mulbarach de Lara, informa greve parcial nos principais estabelecimentos. Ela diz que houve aulas em colégios importantes tais como o Estadual e a Unidade Polo. No Colégio Enira de Moraes Ribeiro a paralização foi maior.
Ainda de acordo com a chefe, no Colégio Sílvio Vidal compareceram cerca de 100 alunos ontem pela manhã. Neste período são 458 estudantes. O estabelecimento conta com 877 estudantes nos três turnos. Em toda a área do Núcleo são 46 escolas, distribuídas em 21 cidades.
O presidente da APP-Sindicato, José Manoel de Souza, diz que houve aulas em alguns estabelecimentos, ainda assim, de forma parcial e com número reduzido de alunos.
Ele entende que a adesão à greve deve aumentar hoje com a mobilização. Segundo o presidente, em Paranavaí o índice de paralisação ficou um pouco acima da média regional, chegando a 95%.
Núcleo e APP-Sindicato têm orientações diferentes para os pais. Enquanto a representação estadual pede que os pais mandem seus filhos para a escola, a APP solicita que as crianças não sejam encaminhadas.
O Núcleo também orientou que os professores que não aderiram mantenham as aulas regulares, independente do número de alunos. Paranavaí tem 623 professores do Estado. Nos 21 municípios são 1.655 professores.
Também os demais trabalhadores da educação foram mobilizados para a greve. São 473 na região e 198 em Paranavaí. Dentre os servidores a adesão é bem menor em relação aos professores, detalha Rosana.
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REIVINDICAÇÕES
– A lista de reivindicações da categoria inclui a complementação do tempo destinado às atividades fora da sala de aula. Atualmente, os professores da rede estadual dispõem de 30% de todo o tempo para a preparação das aulas e a correção das provas, dentre outras atividades. A lei determina que sejam 33%.
O piso salarial pago pelo Governo do Estado está abaixo do valor nacional, aponta a APP-Sindicato. Outra reivindicação é que funcionários das escolas recebam reajustes salariais no mesmo percentual do estabelecido para o piso regional.
O Sindicato também questiona a qualidade do atendimento à saúde oferecido aos professores e demais servidores estaduais. Ainda no pleito figuram a volta do auxílio-transporte para os funcionários com licença médica.