Grupo das crianças tem o menor índice de vacinação contra a gripe

As doses de vacina contra a gripe distribuídas nos postos de saúde são destinadas a alguns grupos classificados como prioritários. Um deles é formado por crianças de seis meses a quatro anos de idade, parcela do público-alvo que alcançou o menor índice de imunização até agora: 40,2%.
De acordo com a chefe regional de Vigilância Epidemiológica, Samira Silva, dos 28 municípios do Noroeste do Paraná, apenas oito estão acima dos 50% quando se trata das crianças. A explicação estaria no fato de pais, mães ou responsáveis legais estarem trabalhando nos horários de vacinação.
Por isso, a expectativa é que o percentual de crianças imunizadas aumente a partir de amanhã, considerado o “Dia D” da campanha de vacinação. É que todas as UBSs da região estarão abertas das 8 às 17 horas para receber os pacientes incluídos nos grupos prioritários.
Entre profissionais que atuam na área da saúde, o índice de imunização está em 71,7%. No grupo das gestantes, são 49,5%. As puérperas (mulheres que deram à luz há até 45 dias) vacinadas representam 74,4%. Entre os idosos, 60,1% foram imunizados. Também fazem parte do público-alvo pacientes com doenças crônicas, professores e pessoas privadas de liberdade.
Dos 28 municípios atendidos pela 14ª Regional de Saúde, três estão abaixo dos 50% de alcance, considerando a média entre todos os grupos prioritários. Em Alto Paraná, 39% foram vacinados. Em Amaporã e Tamboara, 48%. O maior percentual é de Porto Rico, 71,9%. Em Paranavaí, o índice é de 56,4%.
IMPORTÂNCIA – A chefe de Vigilância Epidemiológica explicou que a vacina contra a gripe protege dos três vírus mais perigosos, porque podem causar complicações de saúde que resultem em internamento. Nos casos mais graves, os pacientes podem até morrer.
Segundo Samira, o tempo seco característico do outono é um facilitador para a circulação viral. A proximidade do inverno torna a situação ainda mais delicada, uma vez que a tendência é haver queda de temperatura: com o frio, ambientes fechados são mais comuns, o que propicia a propagação dos vírus.
Outra orientação feita pela chefe de Vigilância Epidemiológica diz respeito ao tempo que a vacina leva para fazer efeito sobre o organismo. São necessários de 10 a 15 dias para que o corpo crie proteção contra os vírus, então, é importante que as pessoas sejam imunizadas o quanto antes.