Homem reage, luta e segura o ladrão. Era foragido da justiça

“Perdeu, perdeu. Entrega a moto”. Assim começou a desastrada tentativa de roubo por dois rapazes, na noite de anteontem, em Paranavaí. O motociclista de 51 anos reagiu e entrou em luta com os bandidos.
Aliás, o motociclista reagiu duas vezes.
Primeiro, quando do roubo, com os ladrões empreendendo fuga, depois, ambos foram localizados pela vítima, e nova luta aconteceu. Um dos ladrões fugiu e o outro foi seguro até a chegada da polícia.
Na Delegacia, uma surpresa: o ladrão é foragido da Colônia Penal Industrial de Maringá (CPIM). E mais: Confessou que deu “graças a Deus” ao ver a viatura da PM chegando, porque poderia ser agredido ainda mais.
O ladrão foi autuado por tentativa de roubo e ainda vai voltar ao sistema prisional.
A tentativa de roubo aconteceu por volta das 20h, no Jardim Ipê. O ladrão estava a pé, acompanhado de um comparsa, que fugiu. Eles abordaram a vítima que tinha ido buscar o filho no trabalho.
O motociclista disse que um dos criminosos estava armado, mesmo assim começou a lutar. Os dois bandidos saíram correndo. Junto com o filho, o motociclista encontrou um dos ladrões e novamente entrou em luta corporal, segurando o bandido até a chegada da PM.
Com o ladrão foi apreendida uma garrucha (arma antiga) de dois canos, calibre 22. A arma tinha duas munições intactas.
Na briga, o motociclista sofreu ferimentos no nariz e no cotovelo esquerdo. O ladrão também apresentava escoriações. A polícia agora tenta identificar o outro ladrão.
NÃO É RECOMENDADO – A atitude de reagir ao assalto não é a recomendada pelas autoridades policiais. Para o delegado Luís Carlos Mânica, chefe da 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí, ao ser vítima de assalto a pessoa não deve tentar fugir, correndo ou acelerando moto ou carro. “Isso pode fazer o marginal disparar na direção da pessoa”.
O delegado orienta que as pessoa não façam movimentos bruscos porque o criminoso pode interpretar como uma reação. “O melhor é seguir as determinações do bandido. Se tiver que realizar movimento com as mãos avise verbalmente para que o criminoso não leve um susto e acabe acionando o gatilho do revólver. A vítima tem que pensar em sua integridade”, concluiu Mânica.