Identificado e preso grupo que explodia agências bancárias
Em trabalho conjunto envolvendo Ministério Público e Polícia Militar (denominada Operação Jaguar) foi identificado e preso um grupo responsável por explodir e furtar dinheiro de agências bancárias na região Noroeste.
O trabalho de ontem se concentrou em Loanda, Nova Esperança e Colorado, concluindo uma investigação de dez meses e que já havia culminado na detenção de cinco pessoas anteriormente. Desta vez mais cinco adultos e um adolescente acabaram detidos.
Pesa contra o grupo a autoria de furtar mediante uso de explosivos duas agências bancárias de Paranacity em outubro de 2017, uma agência bancária de Amaporã, além da agência dos Correios de Santa Mônica, todos ocorridos em dezembro do ano passado.
De acordo com o Ministério Público e a Agência de Inteligência do 8º Batalhão de Polícia Militar, há suspeitas de que este mesmo grupo tenha participado de outras ações semelhantes na região entre os anos de 2016 e 2017.
O trabalho de investigação mostrou que para concretizar as explosões das agências, a quadrilha fazia uma série dos chamados “crimes-meio”, ou seja, furto de veículos, roubos e outros delitos com objetivo de equipar o grupo para o furto do dinheiro dos bancos, além de fortalecer a organização criminosa.
O GRUPO – O decorrer dos trabalhos revelou também que a quadrilha é composta por 11 integrantes (cinco já detidos nas fases anteriores). Na fase de ontem foram cumpridos seis mandados, além de um adolescente apreendido (termo usado para detenção de menores de 18 anos). Este menor estava com drogas.
Ainda como saldo da ação do Ministério Público e da PM, três carros (um Astra e dois veículos modelo Celta) foram apreendidos com o grupo.
Aparelhos eletrônicos e até um sistema de segurança por câmeras, além de duas motocicletas e uma motoneta Honda Biz, acabaram encontrados nas buscas pela PM em Nova Esperança e Loanda e igualmente estão apreendidos. Ainda de acordo com o informe, houve a apreensão de porções de drogas em ambas as cidades.
FORMA DE AÇÃO – O “modus operandi” da quadrilha consistia em furtar ou roubar veículos dias antes dos arrombamentos. Os carros eram usados nas ações de explosão das agências. O grupo de ação tinha sempre entre 4 a 6 integrantes em cada crime.
Os ladrões sempre usavam armas de grosso calibre como pistola, fuzis, revólveres e espingardas, sem contar o volume de explosivos, que muitas vezes deixaram os prédios totalmente danificados.
Relatos de moradores das cidades onde ocorriam os crimes citavam grandes explosões, seguidas de disparos de arma de fogo e fuga antes que as equipes policiais pudessem fazer a abordagem.
Os ladrões tinham uma forma organizada de agir, com minuciosa distribuição de tarefas, concluem Ministério Público e PM.