Incêndio atinge tapeçaria de Paranavaí

Ontem, um incêndio atingiu uma empresa de tapeçaria automotiva localizada na Avenida Heitor de Alencar Furtado, em Paranavaí. O Corpo de Bombeiros (CB) foi acionado e conseguiu controlar as chamas, mas o fogo consumiu uma área de aproximadamente 80 metros quadrados. Ninguém ficou ferido.
De acordo com o sargento Marcos Antônio da Silva, chefe do Socorro do CB, o incêndio pode ter sido causado por faíscas produzidas por um equipamento utilizado para lixar e soldar ferramentas. Espuma, tecido e cola, produtos altamente inflamados, foram os responsáveis pelo alastramento do fogo.
Silva afirmou que a incidência de incêndio em edificações é bastante reduzida em Paranavaí. “O trabalho de prevenção tem sido bastante eficiente. A equipe de vistoria do Corpo de Bombeiros está trabalhando constantemente para evitar este tipo de problema”, disse.
Mas o chefe do Socorro do CB tem uma grande preocupação, a questão ambiental. Segundo ele, as ocorrências são frequentes, e a principal causa é a falta de conscientização da própria população. “O tempo quente e a baixa umidade do ar favorecem a propagação do incêndio e o fogo foge do controle”, disse Silva.
A orientação é para que os moradores não queimem lixo e não ateiem fogo para limpar terrenos. “Quem faz isso coloca a própria vida e a de vizinhos em risco. A pessoa pode ser multada e responsabilizada civil e criminalmente por eventuais danos causados pelo fogo”, afirmou o sargento do Corpo de Bombeiros.

Agosto sem chuva
Ainda não choveu neste mês de agosto na região de Paranavaí. A informação é do técnico do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), Ênio Luiz Debarba.
Segundo ele, trata-se de um mês tipicamente seco, e só para se ter uma ideia, em 2011 foram apenas 15 milímetros de chuva até o dia 13 de agosto. Em 2010, no mesmo período, fora 1,5 milímetros.
Em julho deste ano, pouca chuva caiu em Paranavaí. Os registros da Seab apontam somente 22,6 milímetros, uma marca bastante diferente da diagnosticada em 2011, quando o volume de chuvas em julho chegou a 136,6 milímetros. Em 2010 foram 39 milímetros.
O longo período de estiagem se contrapõe à chuvarada de junho. Em 30 dias foram 310,5 milímetros, “uma marca bem acima da média”, afirmou Debarba. Segundo ele, o volume em junho alcançou a média prevista para três meses. A título de comparação, vale destacar que em 2011, foram registrados 124,5 milímetros de chuva. Em 2010, foram 7,8 milímetros. (RS)

Estiagem na lavoura
O técnico do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), Ênio Luiz Debarba, afirmou que a estiagem tem garantido excelentes resultados para as plantações de milho safrinha, já que o excesso de umidade pode provocar grandes perdas. “Está ocorrendo o secamento natural da cultura”, disse.
Por outro lado, a mandiocultura está prejudicada. Para quem está em fase de plantio, o problema é que a seca acaba matando as manivas. “Para a colheita, o solo fica muito duro e há muitas perdas da raiz”, destacou. Também pode haver prejuízos nas pastagens, mas em relação às outras culturas, Debarba disse que ainda é cedo para avaliar se haverá ou não problemas. (RS)