Índice de comprovação da vacina contra a febre aftosa está baixo

Restando 14 dias para acabar o prazo ainda é baixo o índice de comprovação da vacina contra a febre aftosa em Paranavaí. O total não ultrapassou a 15%, preocupa-se a médica veterinária Clara Lídia Dal-Prá, fiscal de defesa agropecuária da ADAPAR – Agência de Desenvolvimento Agropecuária do Paraná, autarquia vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura. A cidade possui cerca de 125 mil cabeças de gado. Em todo o Noroeste são pouco mais de 900 mil animais.
Além de comprar a vacina e imunizar o rebanho, todo criador deve entregar a comprovação na unidade local de sanidade agropecuária (Em Paranavaí fica na Rua Manoel Ribas 331). Entre outros dados, deve constar o número de cabeças imunizadas.
Nesta etapa todo o rebanho deve ser vacinado. Na etapa de maio são vacinados os animais com até 24 meses. A dose extra para os animais jovens é por conta de a imunidade ser mais baixa até os dois anos.
Clara Dal-Prá complementa que, embora o índice de comprovação seja baixo, pelos números fornecidos pelas empresas que comercializam vacina, pelo menos 60% das doses necessárias já foram adquiridas pelos pecuaristas. Além de Paranavaí, a unidade local abrange também Amaporã e Tamboara. Em toda a região da Amunpar – Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense – são nove unidades.
Na prática, apenas a comprovação está ficando para a última hora. Isso pode provocar demora nas filas para entregar nos últimos dias e dificultar o trabalho na unidade, esclarece. Ela pede que os proprietários se antecipem para evitar tal situação.
A médica veterinária entende que o rebanho bovino em Paranavaí está se estabilizando, embora com leve queda nos últimos anos. Nada drástico, opina, constatando que a cidade não tem grandes abatedouros atualmente e a maior parte do rebanho é levada para outros centros. Na cidade existe uma empresa de abate inspecionado voltada praticamente ao mercado local.

MULTA PARA QUEM NÃO COMPROVAR
O preço médio da vacina varia em Paranavaí de R$ 1,25 a R$ 1,30 por dose. Quem deixar de vacinar ou de comprovar receberá multa de R$ 101,84 por cabeça. Além do prejuízo financeiro, há o risco de tornar a região vulnerável à doença.
Clara Dal-Prá também alerta para o uso correto da vacina. O produto deve ser mantido entre dois e cinco graus centígrados até ser aplicado no animal. A vacinação pode ser feita por etapa, mas as doses devem ser mantidas em geladeira e acondicionadas em isopor com dois terços de gelo para um de vacina até o momento da imunização.
As agulhas devem ser substituídas a cada dez vacinações e o aparelho estar em boas condições. A aplicação é subcutânea, ou seja, embaixo do couro.
O objetivo do Paraná é tornar área livre de aftosa sem vacinação. Atualmente o Estado detém tal status, mas com vacina. Não há um prazo fixo para atingir a meta. No entanto, ações como a formação da Adapar, representam passos importantes nesta direção.