Índice de Confiança do Consumidor sobe pelo segundo mês consecutivo

BRASÍLIA – O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu pelo segundo mês seguido e registrou alta de 2,1 pontos, em fevereiro, atingindo 68,5 pontos. Esse é o maior índice desde agosto passado, quando o indicador encerrou o mês em 70 pontos.
Os dados relativos à Sondagem do Consumidor foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e indicam que a alta do ICC nos dois primeiros meses de 2016 decorreu da evolução favorável dos dois indicadores que o compõem: o Índice da Situação Atual (ISA) e o Índice de Expectativas (IE).
O ISA subiu 2 pontos, pelo segundo mês consecutivo, após ter atingido o mínimo da série histórica em dezembro de 2015, com 64,9 pontos; o IE avançou 1,8 ponto, chegando a 69,4 pontos: neste caso, o maior nível desde agosto passado.
QUEDA DO PESSIMISMO – Para a coordenadora da Sondagem do Consumidor, economista Viviane Seda Bittencourt, o resultado reflete menor insatisfação e menor pessimismo por parte do consumidor ao longo do mês. “Em fevereiro, o brasileiro tornou-se menos insatisfeito com a situação atual das finanças familiares e menos pessimista em relação à sua evolução ao longo dos próximos meses”, disse.
Na análise da tendência por médias móveis trimestrais (quando se leva em consideração os três últimos meses comparativamente ao período equivalente imediatamente anterior), o indicador, que mede o grau de satisfação dos consumidores com a situação econômica atual (no mês passado, ele havia alcançado o menor nível da série), subiu 2,2 pontos e atingiu 73 pontos, maior nível desde setembro de 2015 (73,1).
Para a FGV, o quesito que mais contribuiu para o resultado favorável do ICC está relacionado às perspectivas das finanças familiares. “O indicador que mede o grau de satisfação com a situação financeira das famílias nos meses seguintes cresceu 5,9 pontos, de 70,2 para 76,1, o melhor resultado desde fevereiro de 2015 (77,6)”, constatou a documento.
Na análise por classes de renda, os dados divulgados nesta quinta-feira (25) indicam que a confiança das famílias com renda mensal até R$ 2,1 mil subiu 6,1 pontos, após permanecer estável em janeiro. “Os consumidores com menor poder de compra, no entanto, são os mais otimistas em relação à economia, ao emprego e possibilidade de recuperação da situação financeira no futuro”, avalia a pesquisa.