Índice de infestação de dengue é maior que o tolerado pelo Ministério da Saúde

A Vigilância em Saúde concluiu o primeiro Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (Lira) de 2014. Os dados estatísticos revelam que a situação em Paranavaí é considerada de médio risco, uma vez que a infestação predial atingiu 2,5%, valor acima do tolerado pelo Ministério da Saúde, que é de 1%.
Os agentes de combate a endemias visitaram 1.700 residências ao longo da semana e encontraram 43 focos de larvas do mosquito transmissor da dengue. 51% desses focos foram encontrados em lixo e outros resíduos sólidos e 25% em vasos e pratos, frascos com plantas e bebedouros de animais.
De acordo com o diretor da Vigilância em Saúde, Randal Khalil Fadel, informou que uma das regiões mais preocupantes em toda a cidade inclui os Jardins Santos Dumont, Ipê, Vila Paris e Guanabara e o Distrito de Sumaré. O índice médio de infestação nessas localidades foi de 4,2%.
AÇÕES – Fadel explicou que o Lira é feito por amostragem: a cada quatro casas uma é visitada pelos agentes de controle de endemias, ou seja, nem todas as residências foram vistoriadas.
Por isso, as equipes da Vigilância em Saúde estão voltando aos locais mais críticos para intensificar as ações de orientação aos moradores. Eles também estão fazendo o chamado bloqueio, que tem como objetivo impedir que os mosquitos transmissores da dengue se espalhem para outras regiões da cidade.
Paralelamente, outros agentes estão percorrendo as ruas de Paranavaí com caminhões de apoio. A atenção está voltada principalmente para os terrenos vazios, onde muitos moradores insistem em descartar lixo e outros resíduos sólidos de forma irregular.
De acordo com Fadel, nos casos mais extremos onde são encontradas grandes quantidades do Aedes aegypti, as equipes da Vigilância em Saúde fazem a aplicação do veneno.

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PREOCUPAÇÕES – As condições climáticas são favoráveis à propagação do mosquito que transmite a dengue: calor e períodos chuvosos. Com a circulação viral e a possibilidade do trânsito de pessoas com a doença, a preocupação aumenta. “Existe o risco de ‘pipocar’ uma epidemia a qualquer momento”, disse Fadel. O aumento no número de imóveis é outra preocupação do diretor da Vigilância em Saúde de Paranavaí. Desta forma, para seguir o protocolo do Ministério da Saúde e ter em média um agente de saúde para cada 800 a 1.000 imóveis, mais funcionários serão contratados até o final do primeiro semestre deste ano.