Índice de mortalidade infantil em 2013 supera ano anterior

De janeiro até o dia 6 de junho deste ano a Secretaria Municipal de Saúde de Paranavaí registrou 12 mortes de crianças com até um ano de vida. O número representa um coeficiente de 10,34 óbitos para cada mil bebês nascidos vivos, superando os 10,11 constatados no primeiro semestre de 2012.
Os dados preliminares da Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Paranavaí, obtidos pelo Diário do Noroeste, não informam as causas das mortes, mas revelam que o índice de mortalidade infantil tem caído gradativamente desde 2008, quando o número absoluto de óbitos foi de 1.984. Em 2009 foram 1.874; em 2010, 1.848; em 2011, 1.781; em 2012, 1.774; e no primeiro quadrimestre deste ano, 191.
O diretor municipal de Assistência à Saúde, Sari Omar, destaca que uma série de programas tem contribuído com a redução da mortalidade infantil em Paranavaí. Começa com o acompanhamento das gestantes, que inclui exames pré-natais, orientações sobre alimentação e cuidados durante a gravidez.
Para a hora do parto, as mulheres contam com o trabalho multidisciplinar de profissionais da saúde. Uma equipe médica completa participa do procedimento para garantir que os bebês nasçam saudáveis e evitar as complicações tanto para as mulheres quanto para os recém-nascidos.
As ações para redução da mortalidade infantil são mantidas até que as crianças completem um ano de vida. Se o nascimento é prematuro, o bebê tem direito a uma vaga na UTI neonatal (na Santa Casa de Paranavaí). O mesmo vale para os que nascem com alguma patologia grave.
Para as mulheres que não produzem leite suficiente para alimentar os filhos recém-nascidos, o município dispõe de um banco de leite que beneficia pelo menos 10 crianças a cada semana.
A coordenadora do Programa Saúde da Mulher em Paranavaí, Silvania Maria de Souza, destaca que a cada mês aproximadamente 25 mulheres fazem a doação do leite materno para manter o estoque sempre em dia.
E se o bebê precisa de algum tipo especial de leite, seguindo recomendações médicas, a Secretaria Municipal de Saúde garante o fornecimento do alimento. “É um dever do Estado, mas em alguns casos temos feito isso para evitar problemas de saúde para o bebê”, diz o diretor municipal de Assistência à Saúde.