Índices de infestação revelam risco de epidemia de dengue na região
Altos índices de infestação por Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, foram identificados em quase todos os municípios do Noroeste do Paraná. Os levantamentos feitos em cada localidade para identificar os criadouros de larvas revelam o risco iminente de uma epidemia da doença na região.
Os maiores valores foram encontrados em Planaltina do Paraná (12,4%), Loanda (11%), Amaporã (9,9%), Nova Londrina (5,9%), São Pedro do Paraná (5,4%), Alto Paraná (4,8%), Nova Aliança do Ivaí (4,1%) e Santo Antônio do Caiuá (4%). Nesses casos, o cenário é considerado de alto risco.
Na classificação de médio risco aparecem os seguintes municípios: Cruzeiro do Sul, Diamante do Norte, Guairaçá, Itaúna do Sul, Jardim Olinda, Marilena, Mirador, Paraíso do Norte, Paranapoema, Paranavaí, Porto Rico, Querência do Norte, Santa Cruz de Monte Castelo, Santa Isabel do Ivaí, Santa Mônica, São Carlos do Ivaí, São João do Caiuá, Tamboara e Terra Rica.
Até o dia 28 de janeiro, data da última atualização dos números feita pela equipe da 14ª Regional de Saúde, ainda não tinham sido confirmados casos de dengue no Noroeste do Paraná. Mas havia 15 registros de pacientes com sintomas, com sete em fase de análises laboratoriais.
AMAPORÃ – Na semana passada, a prefeita de Amaporã, Terezinha Fumiko Yamakawa decretou situação de emergência, por causa do alto índice de infestação (9,9%). O documento assinado por ela apontou “a necessidade de estabelecer uma situação jurídica especial que permita o atendimento às necessidades temporárias de excepcional interesse público”.
O decreto também destacou “os altos índices de observação do quadro clínico de exames laboratoriais que chegaram aos limites de segurança do município”.
De acordo com informações da 14ª Regional de Saúde, tanto em Amaporã quanto nos demais municípios do Noroeste do Paraná, os trabalhos para eliminar focos de Aedes aegypti e conter a infestação estão sendo intensificados.
PROBLEMAS – Entre as situações que preocupam por facilitarem a reprodução do mosquito está o descarte irregular de lixo. Não são raros os terrenos baldios, os fundos de vale e os depósitos clandestinos espalhados pelos municípios. Assim, os objetos expostos à ação do tempo acumulam água e dão condições para a procriação do Aedes aegypti.
As temperaturas altas também influenciam, principalmente quando aliadas a chuvas. A combinação acelera o processo de formação dos mosquitos: em vez de cinco a sete dias, até 48 horas.