Indústria de mandioca vê na exportação mecanismo para amenizar crise do setor
O excesso na produção de mandioca em 2014 deixou o Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul em um impasse: como comercializar a raiz de forma eficiente para que não haja prejuízos para produtores e indústrias de transformação da raiz?
Na manhã de ontem, representantes de 22 indústrias dos três Estados se reuniram em Paranavaí, na sede da Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (Abam), para tratar sobre o assunto. Entre as possíveis soluções apontadas por eles, uma é o investimento na exportação da mandioca produzida na região.
O presidente da Abam, João Eduardo Pasquini, afirmou que a situação é propícia para apostar nas vendas internacionais. “O mercado está baixo e o dólar, alto. É o melhor momento para exportar fécula de mandioca”.
Os contatos com os agentes de exportação já estão sendo feitos, para avaliar as condições mercadológicas. De acordo com Pasquini, há interesse de compradores da África do Sul, dos Estados Unidos e de países da Europa. “Estamos analisando os custos e buscando conhecimentos para trabalharmos com o mercado externo”.
Paralelamente, o Governo Federal está sendo consultado para que apoie a indústria. O setor está agendando audiências com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para pedir apoio tanto no processo de exportação quanto na compra do excedente. Assim, será possível evitar que produtores e indústria amarguem os prejuízos da superprodução.
A EXPLICAÇÃO – A crise no setor começou com a seca vivida pelos Estados Norte e do Nordeste em 2013, considerada a pior dos últimos 70 anos. A estiagem naquela região do país afetou diretamente as plantações de mandioca, por isso, foi preciso buscar no Sul, no Sudeste e no Centro-Oeste produtos que suprissem o mercado.
A procura surpreendeu e foi preciso criar mecanismos para suprir as necessidades dos novos compradores. Acreditando que 2014 manteria o ritmo acelerado do ano anterior, os mandiocultores ampliaram as áreas de produção e a indústria também investiu. Com isso, em 2015, o volume de fécula será de 200 mil toneladas a mais que no ano passado.
No entanto, os produtores do Norte e do Nordeste conseguiram se recuperar no ano passado, provocando reflexos negativos para o restante do Brasil. O resultado foi o excesso de produção e, ao mesmo tempo, a falta de compradores.
CENÁRIO ATUAL – “Estamos vivendo um momento difícil”, avaliou o presidente da Abam. É por esse motivo que a indústria está se mobilizando e buscando formas de reverter a situação não só a partir de soluções para os empresários, mas, também, para os produtores.
Pasquini destacou que sem os mandiocultores, a indústria não alcança resultados positivos e o mercado também sofre. Por isso, enfatizou, as soluções precisam incluir todos os setores da cadeia produtiva de mandioca. E se os resultados forem favoráveis, no prazo de um ano a um ano e meio será possível reverter a situação.
NOVA REUNIÃO – O encontro realizado na manhã de ontem foi o segundo desde que o setor industrial começou a procurar por soluções para a crise. A próxima reunião deverá ocorrer na semana que vem, mas, caso não seja possível, na semana seguinte.
A expectativa de Pasquini é que até lá já existam mais informações sobre as possibilidades de exportação da produção brasileira de mandioca e derivados, bem como respostas sobre as negociações com o Governo Federal. (Ass. Imp. Abam)
Na manhã de ontem, representantes de 22 indústrias dos três Estados se reuniram em Paranavaí, na sede da Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (Abam), para tratar sobre o assunto. Entre as possíveis soluções apontadas por eles, uma é o investimento na exportação da mandioca produzida na região.
O presidente da Abam, João Eduardo Pasquini, afirmou que a situação é propícia para apostar nas vendas internacionais. “O mercado está baixo e o dólar, alto. É o melhor momento para exportar fécula de mandioca”.
Os contatos com os agentes de exportação já estão sendo feitos, para avaliar as condições mercadológicas. De acordo com Pasquini, há interesse de compradores da África do Sul, dos Estados Unidos e de países da Europa. “Estamos analisando os custos e buscando conhecimentos para trabalharmos com o mercado externo”.
Paralelamente, o Governo Federal está sendo consultado para que apoie a indústria. O setor está agendando audiências com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para pedir apoio tanto no processo de exportação quanto na compra do excedente. Assim, será possível evitar que produtores e indústria amarguem os prejuízos da superprodução.
A EXPLICAÇÃO – A crise no setor começou com a seca vivida pelos Estados Norte e do Nordeste em 2013, considerada a pior dos últimos 70 anos. A estiagem naquela região do país afetou diretamente as plantações de mandioca, por isso, foi preciso buscar no Sul, no Sudeste e no Centro-Oeste produtos que suprissem o mercado.
A procura surpreendeu e foi preciso criar mecanismos para suprir as necessidades dos novos compradores. Acreditando que 2014 manteria o ritmo acelerado do ano anterior, os mandiocultores ampliaram as áreas de produção e a indústria também investiu. Com isso, em 2015, o volume de fécula será de 200 mil toneladas a mais que no ano passado.
No entanto, os produtores do Norte e do Nordeste conseguiram se recuperar no ano passado, provocando reflexos negativos para o restante do Brasil. O resultado foi o excesso de produção e, ao mesmo tempo, a falta de compradores.
CENÁRIO ATUAL – “Estamos vivendo um momento difícil”, avaliou o presidente da Abam. É por esse motivo que a indústria está se mobilizando e buscando formas de reverter a situação não só a partir de soluções para os empresários, mas, também, para os produtores.
Pasquini destacou que sem os mandiocultores, a indústria não alcança resultados positivos e o mercado também sofre. Por isso, enfatizou, as soluções precisam incluir todos os setores da cadeia produtiva de mandioca. E se os resultados forem favoráveis, no prazo de um ano a um ano e meio será possível reverter a situação.
NOVA REUNIÃO – O encontro realizado na manhã de ontem foi o segundo desde que o setor industrial começou a procurar por soluções para a crise. A próxima reunião deverá ocorrer na semana que vem, mas, caso não seja possível, na semana seguinte.
A expectativa de Pasquini é que até lá já existam mais informações sobre as possibilidades de exportação da produção brasileira de mandioca e derivados, bem como respostas sobre as negociações com o Governo Federal. (Ass. Imp. Abam)