Indústria tem papel decisivo na mudança do perfil econômico de Ampére

CURITIBA – O poder transformador da indústria no desenvolvimento de toda uma região tem um exemplo concreto no Sudoeste do Paraná. Com apenas 18 mil habitantes, o município de Ampére assistiu, nos últimos 25 anos, a uma verdadeira revolução em seu perfil econômico.
Antes dependente basicamente da agricultura, o segmento industrial – impulsionado principalmente por empreendedores dos setores moveleiro e do vestuário – gera atualmente cerca de 4 mil empregos na cidade, contribuindo significativamente para a melhoria da qualidade de vida da população local.
Ontem, o presidente da Federação das Indústrias do Paraná, Edson Campagnolo, esteve em Ampére, dentro da programação do Gabinete Itinerante, e conheceu três empresas do município que têm investido fortemente em tecnologia para aumentar ainda mais sua produtividade.
“Ampére é uma referência para o Paraná e o Brasil, porque mostra como a força empreendedora de empresários criativos e inovadores pode transformar uma cidade”, afirmou. “Nossa intenção com essa visita é mostrar o potencial que temos no interior e a contribuição que o setor industrial dá para o desenvolvimento de todo o Estado”, acrescentou Campagnolo.
O empresário Vianir Angonese, diretor-geral da Indústria de Móveis Notável, que emprega 402 trabalhadores, confirma que o crescimento do setor industrial no município foi fundamental para mudar os rumos da história em Ampére. “Até 25 anos atrás nossa economia era baseada em uma agricultura rudimentar. Hoje, a indústria é responsável por 60% da economia da cidade, criando oportunidades de emprego principalmente para nossos jovens”, disse.
O desenvolvimento industrial de Ampére, iniciado há duas décadas e meia, vem ganhando ainda mais impulso nos últimos anos graças aos investimentos que as empresas locais vêm fazendo em automação e ganhos de produtividade. É o caso da própria Notável, que há dois anos investiu cerca de R$ 12 milhões na compra de equipamentos de última geração e na ampliação da unidade para dobrar a sua linha de produção, destinada principalmente à fabricação de racks, estantes e roupeiros. Hoje, a empresa produz 85 mil peças ao mês, sendo que 85% da produção se destina ao mercado interno – regiões Nordeste, Sudeste e Sul. O restante é exportado para o Mercosul, Angola e países da América Central.