Infelizes, mulheres buscam na Justiça trocar nome de Raimunda
SÃO PAULO – Raimunda tem o direito de ser feliz, segundo a Justiça de Goiás, mas andava triste. Ao reconhecer que algo a impedia de exercer a felicidade, o desembargador Itamar de Lima a autorizou a ir até o cartório resolver o problema.
"O prenome Raimunda trazia para ela uma infelicidade tão grande que fiquei sensível e autorizei a mudança. Nós viemos ao mundo para ser felizes. Isso é uma obrigação", afirma o magistrado.
Raimunda de Jesus Ananias Mendonça, 44, se chama agora, após a autorização, Gabriela Ananias Mendonça.
Foram três anos de espera até sair a decisão que deu à recepcionista goiana a chance de se livrar do trauma criado por chacotas como "Raimunda: feia de cara, boa de bunda" – reforçada em músicas como "Pequena Raimunda", dos Raimundos – e que a persegue desde cedo.
Ao entrar com o pedido para trocar o nome, sua advogada escreveu: "É uma mulher jovem, bonita e vaidosa e sempre é confundida com uma senhora gorda e idosa, uma vez que o nome Raimunda possui esse estereótipo".
Ela alegou ter tido dificuldade até para conseguir emprego. "Quando perguntavam meu nome, eu fazia de tudo para não falar, de tanto que isso me pesava", lembra.
Só em casos excepcionais o prenome, considerado definitivo, pode ser alterado no país, após decisão judicial. A troca é possível quando há erro de grafia, proteção a testemunhas de crimes ou exposição da pessoa ao ridículo.
Cantora gospel, Raimunda Francisca de Jesus Souza, 43, sonha em mudar seu nome.
Na juventude, ela fez seu próprio registro no Piauí. Cogitou mudar para Raianne. "A minha mãe disse que não podia. Se fosse hoje, eu não tinha acreditado", diz.
"O prenome Raimunda trazia para ela uma infelicidade tão grande que fiquei sensível e autorizei a mudança. Nós viemos ao mundo para ser felizes. Isso é uma obrigação", afirma o magistrado.
Raimunda de Jesus Ananias Mendonça, 44, se chama agora, após a autorização, Gabriela Ananias Mendonça.
Foram três anos de espera até sair a decisão que deu à recepcionista goiana a chance de se livrar do trauma criado por chacotas como "Raimunda: feia de cara, boa de bunda" – reforçada em músicas como "Pequena Raimunda", dos Raimundos – e que a persegue desde cedo.
Ao entrar com o pedido para trocar o nome, sua advogada escreveu: "É uma mulher jovem, bonita e vaidosa e sempre é confundida com uma senhora gorda e idosa, uma vez que o nome Raimunda possui esse estereótipo".
Ela alegou ter tido dificuldade até para conseguir emprego. "Quando perguntavam meu nome, eu fazia de tudo para não falar, de tanto que isso me pesava", lembra.
Só em casos excepcionais o prenome, considerado definitivo, pode ser alterado no país, após decisão judicial. A troca é possível quando há erro de grafia, proteção a testemunhas de crimes ou exposição da pessoa ao ridículo.
Cantora gospel, Raimunda Francisca de Jesus Souza, 43, sonha em mudar seu nome.
Na juventude, ela fez seu próprio registro no Piauí. Cogitou mudar para Raianne. "A minha mãe disse que não podia. Se fosse hoje, eu não tinha acreditado", diz.