Infestação por Aedes aegypti é fator de preocupação em todo o Noroeste
Dos 85 casos suspeitos de dengue registrados nos municípios do Noroeste do Paraná, 49 tiveram resultados negativos e 36 ainda estão sendo analisados. Significa que de 1º de janeiro até a última quinta-feira (26), não houve confirmações da doença.
Os números podem proporcionar sensação de tranquilidade, no entanto, os índices de infestação pelo Aedes aegypti (mosquito transmissor de dengue, chikungunya, zika e febre amarela) revelam um cenário preocupante em toda a região.
Na última atualização feita pela equipe da 14ª Regional de Saúde de Paranavaí, é possível verificar que quase todos os municípios estão com percentual acima do preconizado pelo Ministério da Saúde, ou seja, 1%.
A situação de maior risco está em Cruzeiro do Sul, com 10,24% de infestação por Aedes aegypti. Depois aparecem Loanda, com 7,8%, Amaporã, com 5,73%, Inajá, com 5,36%, Nova Londrina e Marilena, com 3,8%, Mirador, com 3,7% e Diamante do Norte, com 3,65%. Paranavaí tem 3,1%.
RECURSOS FEDERAIS – Uma das medidas para reduzir a quantidade de mosquitos nesses municípios é aplicar os recursos do Ministério da Saúde (MS). O repasse foi autorizado no dia 29 de dezembro de 2016, com o objetivo de implementar ações de prevenção e controle do Aedes aegypti.
São mais de R$ 152 milhões para todo o Brasil. O dinheiro será distribuído em duas etapas, sendo que a segunda parcela somente será liberada para os municípios que cumprirem uma série de requisitos estipulados pelo MS.
Para a região da Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense (Amunpar), o total destinado pelo MS é de R$ 126.214,38. A primeira parcela corresponde a R$ 75.725,53. A segunda, R$ 50.485,62.
Paranavaí é o município com maior montante. Na primeira etapa, são R$ 20.277,27. Na segunda, R$ 13.518,18. Para Loanda estão previstos R$ 8.179,48. Para Alto Paraná, R$ 6.180,47. Terra Rica, R$ 6.023,90. E Nova Londrina, R$ 5.909,67. Todos os municípios serão contemplados.