Insistir na partilha e estar com os pobres…
1 RS 17,7-16 – É o encontro de Elias com a viúva de Sarepta. Por causa da seca demorada de mais de três anos, na casa daquela viúva só sobrou um pouco de farinha e de azeite. Nada mais. Era para ela fazer uns pãezinhos para si mesma e para o filho e depois morrer. Ela disse a Elias: “Vamos comer e ficar esperando a morte”. Mesmo sendo difícil, Elias exige que ela faça a partilha do pouco de pão de que ela dispunha para sobreviver. Ele diz com uma certa dureza: “Faça primeiro um pão para mim, e depois você fará o pão para você e seu filho!” Isto significa que devemos reaprender a partilha como um dos fundamentos indispensáveis da vida em comunidade. É a falta de partilha que até hoje gera a injustiça no mundo. A partilha garantiu a sobrevivência para a viúva e o filho naquela época de seca e de penúria. A partilha é a raiz da vida em comunidade. Se houvesse partilha no Brasil, não haveria fome nem faminto e sobraria comida para muita gente de outros países. O povo diz até hoje: “Pobre não deixa pobre morrer de fome!” Jesus elogiou a outra viúva que depositou duas pequenas moedas no cofre: “Eu garanto a vocês: essa viúva pobre depositou mais do que todos os outros que depositaram moedas no Tesouro. Porque todos depositaram do que estava sobrando para eles. Mas a viúva na sua pobreza depositou tudo o que possuía para viver (Mc 12,43-44).
1 RS 17,17-24 – Ser reconhecido como Homem de Deus. É o título Homem de Deus que Elias recebe da viúva: “Agora sei que você é um homem de Deus e que a palavra de Deus habita em sua boca!” Elias é confirmado na sua ação profética pelo povo pobre que reconhece nele o Homem de Deus. Não é um título a mais que ele recebe, mas é o resultado da experiência concreta que os pobres tiveram com Elias. Pois Elias cuidou da vida do filho da viúva e o fez voltar à vida. Qual a experiência concreta que os pobres têm conosco, membros da Família Carmelitana? Será que, como a viúva diante de Elias, eles descobrem em nós algo de Deus para as suas vidas? Uma comunidade religiosa que vive no meio de um bairro da periferia recebeu o seguinte título de uma viúva: “As irmãs são o rosto de Deus para nós”. A viúva dizia a Elias: a palavra de Deus habita em sua boca. Estas mesmas palavras são retomadas quase literalmente na nossa Regra: que a Palavra de Deus habite abundamente em sua boca e em seus corações (Regra 19).
1 RS 18,1-40 – Irradiar Deus e coragem de denunciar injustiças. É a coragem de Elias para enfrentar o rei Acab, a rainha Jezabel e os 450 profetas de Baal. Elias convoca o povo no Monte Carmelo e lança o desafio: “Até quando vocês vão mancar com as duas pernas? Se Javé é o Deus verdadeiro, sigam a Javé. Se é Baal, sigam a Baal” (1 Rs 18,21). “Ou seja, Elias provoca o povo para descer do muro e tomar uma decisão: seguir Baal ou seguir Javé” Todos conhecemos esta história tão bonita. Não é fácil interpretá-la em todos os seus detalhes, pois quem conta um conto aumenta um ponto e quem canta um canto, aumento outro tanto. Ele não aumenta para enganar nem desfigurar a história, mas para destacar melhor o centro da mensagem. E a mensagem deste episódio é muito clara: como Elias, nós Carmelitas devemos irradiar a presença de Deus e fazer com que o povo de novo se enamore de Deus, jogue fora os muitos ídolos do consumismo neoliberal e aceite Javé como o único Deus verdadeiro. Este é um dos aspectos mais difíceis, mais exigentes e mais bonitos da nossa missão como Carmelitas.
1 Rs 18,41-46 – Oração, atitude orante, rezar sempre. É a atitude orante de Elias. Ele manda o menino subir o Monte Carmelo para ver se há algum sinal de chuva: “Suba e olhe para o lado do mar”. O rapaz foi e voltou dizendo: “Não há nada!” Elias disse: Volte até sete vezes. Isto é: sempre! Não desistir nunca. Enquanto isso, Elias reza. O que chama a atenção é a atitude dele durante a reza: “Elias subiu ao topo do Monte Carmelo e se encurvou até o chão, colocando o rosto entre os joelhos”. É a atitude de total dependência do feto dentro da barriga da mãe durante os nove meses da gestação. Na sétima vez, o rapaz volta dizendo que viu uma nuvenzinha, do tamanho da mão de uma pessoa, vem subindo do mar. É o sinal da chuva. A seca acabou. Num instante o céu ficou escuro, com nuvens trazidas pelo vento, e caiu uma chuva pesada. Nós Carmelitas sempre interpretamos este fato como uma prefiguração de Nossa Senhora. Ela nos trouxe Jesus que irrigou e fecundou nossa vida com a certeza da presença absoluta do amor de Deus em nossas vidas. São Paulo diz: Nada nos pode separar do amor de Deus que se manifestou em Jesus Cristo, nosso Senhor (Rm 8,39).
1 RS 17,17-24 – Ser reconhecido como Homem de Deus. É o título Homem de Deus que Elias recebe da viúva: “Agora sei que você é um homem de Deus e que a palavra de Deus habita em sua boca!” Elias é confirmado na sua ação profética pelo povo pobre que reconhece nele o Homem de Deus. Não é um título a mais que ele recebe, mas é o resultado da experiência concreta que os pobres tiveram com Elias. Pois Elias cuidou da vida do filho da viúva e o fez voltar à vida. Qual a experiência concreta que os pobres têm conosco, membros da Família Carmelitana? Será que, como a viúva diante de Elias, eles descobrem em nós algo de Deus para as suas vidas? Uma comunidade religiosa que vive no meio de um bairro da periferia recebeu o seguinte título de uma viúva: “As irmãs são o rosto de Deus para nós”. A viúva dizia a Elias: a palavra de Deus habita em sua boca. Estas mesmas palavras são retomadas quase literalmente na nossa Regra: que a Palavra de Deus habite abundamente em sua boca e em seus corações (Regra 19).
1 RS 18,1-40 – Irradiar Deus e coragem de denunciar injustiças. É a coragem de Elias para enfrentar o rei Acab, a rainha Jezabel e os 450 profetas de Baal. Elias convoca o povo no Monte Carmelo e lança o desafio: “Até quando vocês vão mancar com as duas pernas? Se Javé é o Deus verdadeiro, sigam a Javé. Se é Baal, sigam a Baal” (1 Rs 18,21). “Ou seja, Elias provoca o povo para descer do muro e tomar uma decisão: seguir Baal ou seguir Javé” Todos conhecemos esta história tão bonita. Não é fácil interpretá-la em todos os seus detalhes, pois quem conta um conto aumenta um ponto e quem canta um canto, aumento outro tanto. Ele não aumenta para enganar nem desfigurar a história, mas para destacar melhor o centro da mensagem. E a mensagem deste episódio é muito clara: como Elias, nós Carmelitas devemos irradiar a presença de Deus e fazer com que o povo de novo se enamore de Deus, jogue fora os muitos ídolos do consumismo neoliberal e aceite Javé como o único Deus verdadeiro. Este é um dos aspectos mais difíceis, mais exigentes e mais bonitos da nossa missão como Carmelitas.
1 Rs 18,41-46 – Oração, atitude orante, rezar sempre. É a atitude orante de Elias. Ele manda o menino subir o Monte Carmelo para ver se há algum sinal de chuva: “Suba e olhe para o lado do mar”. O rapaz foi e voltou dizendo: “Não há nada!” Elias disse: Volte até sete vezes. Isto é: sempre! Não desistir nunca. Enquanto isso, Elias reza. O que chama a atenção é a atitude dele durante a reza: “Elias subiu ao topo do Monte Carmelo e se encurvou até o chão, colocando o rosto entre os joelhos”. É a atitude de total dependência do feto dentro da barriga da mãe durante os nove meses da gestação. Na sétima vez, o rapaz volta dizendo que viu uma nuvenzinha, do tamanho da mão de uma pessoa, vem subindo do mar. É o sinal da chuva. A seca acabou. Num instante o céu ficou escuro, com nuvens trazidas pelo vento, e caiu uma chuva pesada. Nós Carmelitas sempre interpretamos este fato como uma prefiguração de Nossa Senhora. Ela nos trouxe Jesus que irrigou e fecundou nossa vida com a certeza da presença absoluta do amor de Deus em nossas vidas. São Paulo diz: Nada nos pode separar do amor de Deus que se manifestou em Jesus Cristo, nosso Senhor (Rm 8,39).
Frei Carlos Mesters O. Carm.