Integração sul-americana depende da formação de novos agrolíderes

CURITIBA – Com potencial produtivo inegável e vocação natural para o agronegócio, a América do Sul tem desafios que vão além da necessidade de ganhar mercado e melhorar a infraestrutura logística.
A real integração regional depende da formação de novos agrolíderes e da proatividade do setor, concluíram especialistas durante o 4º Fórum de Agricultura da América do Sul. O evento ocorreu em Curitiba (PR), no Museu Oscar Niemeyer (MON), nos dias 25 e 26 de agosto.
“O setor agrícola tem todo o potencial, a única coisa que se requer é o surgimento de novas lideranças, de líderes que lutem pela agricultura de forma consciente, com coragem e entusiasmo. Precisamos de mais líderes jovens que posicionem o setor rural e que permaneçam no campo. É com isso que devemos nos preocupar e é por isso que devemos trabalhar”, declarou o presidente do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Hernán Chiriboga.
Segundo o presidente brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Miguel Samek, não há outro caminho no mundo para o desenvolvimento que não seja a integração. Para isso, é necessária proatividade do setor, independentemente de acordos políticos.
“A verdadeira integração ocorre quando um ajuda o outro. Se quisermos adotar um belíssimo programa, devemos seguir o exemplo das cooperativas. integração pelo conhecimento, tecnologia, produto de qualidade e eficiência” ressaltou.
Samek destacou ainda que o processo de entendimento entre as nações é bastante complexo, principalmente em regiões em que há disparidade econômica, como na América do Sul.
“Integração significa perder soberania. Quando se tem países pobres e ricos participando da negociação é ainda mais difícil, pois as velocidades são diferentes. Não podemos depender da política que é a arte de procurar defeito”.