Irrigação e uso racional da água na agropecuária são discutidos no Paraná

Cascavel, região Oeste, vai sediar o 25º Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem, de 4 a 9 de novembro. A opção pelo Paraná é resultado do acordo entre a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e a Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem.
O lançamento do Congresso de Irrigação e Drenagem foi feito pelo presidente do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Florindo Dalberto, durante tarde de campo sobre Integração Lavoura e Pecuária, realizada na Estação Experimental de Santa Tereza do Oeste.
O dia de campo teve como tema a Integração Lavoura e Pecuária e o uso da irrigação em pastagens. A tecnologia corresponde ao novo modelo de agricultura que a Secretaria está empenhada em difundir para elevar aumentar a produtividade, com sustentabilidade ambiental.
São sistemas mistos que integram lavoura, pecuária e florestas, com combinações especializadas para as diferentes regiões do Estado e que vem sendo difundidos pelo Iapar e Instituto Emater em dias de campo.
Já foram realizados em Xambrê, região de Umuarama, em Ponta Grossa e agora no Oeste do Estado, todos com a presença do secretário Norberto Ortigara. O secretário ressaltou que esse modelo é o caminho escolhido como estratégia após a implantação e disseminação da técnica do plantio direto, hoje presente em praticamente todo o Paraná.
Em Santa Tereza do Oeste, a tarde de campo demonstrou as linhas de experimentos que alia o cultivo de grãos com a boa alimentação aos animais.
Ortigara lamentou que na média do Estado a pecuária de corte tenha resultados inferiores a meio boi por hectare por ano, em muitas localidades. Segundo Ortigara isso acontece muito por falta de alimentação adequada aos animais na propriedade que dificultam o ganho de peso.
COMIDA – Ortigara cunhou a expressão “Fábrica de Comida” ao se referir ao novo modelo tecnológico que vem sendo difundido pelo Iapar e Emater, nos vários dias de campo, resultado de anos de pesquisas e que pode ajudar o agricultor a ter lucros ambientais e econômicos.
O modelo permite recorrer a várias combinações e alternativas de plantio de forrageiras que incrementam o ganho de peso dos animais e aumentam a produtividade das lavouras de grãos com a prática da rotatividade.
IRRIGAÇÃO – A região Oeste do Paraná está num momento de recuperação das perdas severas que sofreu no início deste ano com a estiagem e o insumo água voltou a ser preocupação entre os agricultores.
Segundo Ortigara, com a introdução do uso racional da água como insumo e componente importante do sistema de integração permite à pequena propriedade ter seis ou sete animais produzindo leite e carne com mais produtividade, ao invés de uma ou duas cabeças como acontece atualmente.
Para o presidente do Iapar, Florindo Dalberto, o uso da irrigação não deve ser restrito somente às zonas e cinturão verde ao redor das grandes cidades e na beira de represas. “Mas também em área de agricultura porque o que se planta com a utilização de água, se colhe rapidamente”, observou.