Janeiro registrou seis casos positivos de dengue
O mês de janeiro registrou seis casos positivos de dengue na região de Paranavaí. Ainda restam cinco pacientes à espera de resultado e 59 exames acabaram descartados laboratorialmente para a doença. Os dados são da 14ª Regional de Saúde, fechados ontem.
A chefe da Vigilância Sanitária Regional, Nilce Casado, informa que 12 das 28 cidades fizeram notificações ao longo do primeiro mês do ano. Desses registros, somente três tiveram casos positivos – Paranavaí, Santa Isabel do Ivaí e Tamboara.
O grande número de descartes em relação ao volume de notificações se deve ao fato de que há outros vírus circulando e que provocam sintomas parecidos com os da dengue, alerta Nilce Casado. Por isso, o registro das chamadas viroses. São pacientes que evoluíram bem, isto é, não tiveram o estado de saúde agravado.
Outra preocupação é que o índice de infestação pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, febre chikungunya e zica vírus, continua alto. Há regiões do país com surtos de chikungunya, constata Nilce.
O alerta aumenta nesta época do ano. Pois, com o feriado do Carnaval, muita gente viaja, podendo levar ou trazer doenças. Paranavaí e região estão com índices baixos de casos em relação à infestação pelo mosquito.
Uma das razões é que desde 2012 circula o vírus tipo1, que já infectou a maioria da população em anos anteriores. Com isso, as pessoas se tornaram mais resistentes e acabam não adoecendo. O perigo é se entrar outro vírus da dengue.
ÍNDICES – O alto índice de infestação pelo mosquito transmissor é outro item que merece atenção. Nove municípios de região apresentam alto risco por causa de tais índices. Amaporã lidera a estatística de acordo com o último Lira (Levantamento de Índice Rápido). A cidade tem 12,8% de infestação. Diamante do Norte tem 7% e Loanda, 6,9%. Paranavaí apresentou 2,5% no levantamento.
Por causa dos números, as cidades desenvolvem atividades especiais, tais como mutirões, informa Nilce. Paranavaí, por exemplo, deve fazer trabalhos diferenciados em alguns bairros, cujos índices estão acima da média geral do município.
O alto índice de infestação no Noroeste tem algumas causas. Uma delas é que o longo período de estiagem levou as pessoas a um relaxamento em relação aos cuidados, cita a chefe da Vigilância. Depois, o excesso de chuva, que deixou água acumulada em diversos locais.
Infestação até 1% é considerada satisfatória pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Entre 1% e 3,9% é estado de alerta. Já a partir de 4% é alto risco para epidemia.
Outro fator é que a época é marcada por muitas pessoas em viagem, o que acaba gerando situações propícias para o mosquito. Sair de casa por vários dias e deixar os vasos sanitários destampados, por exemplo, possibilita um criadouro para o Aedes aegypti. Os cuidados nos quintais e terrenos baldios igualmente devem ser constantes.