Jovem condenado a 70 anos e prisão por duplo latrocínio

A justiça condenou Islan Pablo Miranda Pereira a 70 anos de prisão. O jovem de 18 anos, que nega autoria, foi reconhecido por duas pessoas que sobreviveram a um assalto ocorrido em um pesqueiro no dia 22 de fevereiro deste ano em Paranavaí.
Neste dia morreu Kelita Natiane da Silva Delgado, 23 anos. Cinco dias depois foi confirmada morte cerebral do dono do pesqueiro, Dirceu Lauro, 62 anos.
De acordo com a legislação, o jovem terá direito a regressão de pena quando completar 28 anos de prisão. Porém, o condenado ainda espera o julgamento por outro latrocínio.
Ele é um dos acusados de ter matado o comerciante Roniwaldo Teodoro Pereira, 42 anos, no dia 26 de março deste ano, durante outro assalto ocorrido em uma lanchonete.
Essa segunda condenação deverá sair nos próximos 60 dias. A expectativa é que o jovem seja condenado a no mínimo mais 20 anos de prisão. Somada a pena futura aos 70 anos já confirmados, ele teria que cumprir mais de 90 anos de cadeia. Porém, no Brasil a legislação proíbe que qualquer pessoa permaneça presa por mais de 30 anos. Desta forma o jovem ganhará liberdade aos 48 anos de idade.
PESQUEIRO – No dia do crime chamou atenção a violência utilizada pela dupla de ladrões, bem como o fato de a vítima mais atingida ser uma mulher, o que (em tese) representaria menos risco em eventual reação.
Uma das vítimas baleadas, o namorado da jovem morta no local, conseguiu sair com sua moto e pedir ajuda para uma equipe da Polícia Militar. A mulher e o dono do pesqueiro foram encontrados com as mãos amarradas.
As vítimas disseram que os criminosos fugiram levando as carteiras e uma pistola que pertencia ao proprietário do pesqueiro.
No momento que a polícia chegou ao pesqueiro o proprietário estava consciente e explicou que os criminosos estavam no comércio antes da ação. Eles chegaram em uma moto e tomaram cervejas antes da ação criminosa.
Os acusados esperaram o movimento diminuir para render o comerciante e o casal de namorados. Depois, de mãos amarradas, as vítimas foram levadas para um quarto dentro do comércio. Enquanto o proprietário era agredido por um dos criminosos, o outro vasculhou a propriedade e encontrou a pistola.
Segundo o delegado Carlos Henrique Rossato Gomes, o condenado negou a autoria do crime e não repassou o nome do comparsa que estava com ele no dia do latrocínio. “Vamos ver se agora com a condenação o autor fala o nome da outra pessoa que estava com ele naquele domingo”.