Jovem foi assassinato por motivo passional

O jovem André Soares Teixeira Almeida, 18 anos, foi assassinado por motivo passional. Essa é a conclusão da Polícia Civil diante do que foi apurado até agora. Almeida morreu alvejado por tiros no início da madrugada da quinta-feira, dia 8, no Jardim Renascer, em Paranavaí. 
O delegado Luiz Carlos Mânica, chefe da 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí, confirmou ao Diário do Noroeste a linha investigativa. A vítima estava se relacionando com a mulher de um preso. Mânica antecipa que há dois suspeitos do crime, mas não é possível, por enquanto, confirmar a autoria.
Almeida foi morto por disparos de arma de fogo durante festa em uma residência. De acordo com relatos de testemunhas, um homem de capacete fechado teria entrado na casa onde acontecia a festa. Inicialmente, o invasor apenas fez observações, saindo em seguida. Mas depois voltou armado e matou o jovem, que estava deitado em um dos quartos da residência.
A vítima tinha deixado a prisão há poucos dias. Tinha passagem pela Policia por receptação, porte de drogas e por dirigir sem ter a Carteira de Habilitação. 
CASOS – Foi o terceiro assassinato ocorrido em Paranavaí neste ano. Um deles, na madrugada de 15 de janeiro, já está solucionado. O suspeito de ter matado com um tiro o tatuador Fábio Ramos, 45 anos, está preso na Cadeia Pública. 
Trabalhando como segurança numa casa noturna, Ramos levou um tiro quando tentou intervir no episódio em que um cliente se recusava a pagar a conta. O suspeito era foragido da Justiça e acabou reconhecido. Ele nega o crime.
O primeiro homicídio do ano aconteceu na madrugada de 14 de janeiro. Um jovem de 29 anos foi alvejado por disparos de arma de fogo nas proximidades de uma lanchonete na Avenida Heitor Alencar Furtado, região da Praça Portugal.    
BALANÇO 2018 – Paranavaí teve 20 pessoas assassinadas no ano passado, número maior em relação a 2017, quando nove pessoas acabaram vítimas da violência. Nos anos anteriores foram: 12 em 2016; 17 em 2015; 16 em 2014 e 15 em 2013.
Nos números de ano passado estão incluídos dois assassinatos de presos na Cadeia Pública de Paranavaí. Os corpos foram encontrados pendurados na grade da cela, uma tentativa grosseira de simulação de suicídio. 
Ainda neste balanço, está o latrocínio (roubo com resultado morte) de um policial militar da reserva (aposentado) que trabalhava como segurança em um supermercado na Vila Operária. Ele foi atingido por um tiro e dois adolescentes acabaram presos pela autoria durante tentativa desastrada de assalto.
Por fim, engrossando as estatísticas, um feminicídio no mês de setembro. O caso foi registrado no Jardim Morumbi e repercutiu muito na cidade. A mulher, 45 anos, foi esfaqueada pelo homem com quem mantinha um relacionamento há cinco anos. Ela morreu dias após a violência. O suspeito está foragido desde então.
A maioria dos demais assassinatos está ligada a problemas envolvendo disputas entre grupos rivais, como destaca a Polícia desde o início das investigações de cada caso.