Justiça decreta prisão de membros da Mancha Alviverde

A Justiça decretou a prisão temporária, por 30 dias, de três integrantes da torcida organizada Mancha Alviverde, do Palmeiras.
Eles são investigados pela Polícia Civil sob suspeita de formação de quadrilha, lesão corporal dolosa (intencional) e provocação de tumulto.
O lutador de muay thai Rafael Clini Diana, 20, Mauricio de Oliveira Sobral, 30, e Maxsuel Santana Pereira, 23, foram identificados como participantes de um tumulto nas arquibancadas do estádio Fonte Luminosa, em Araraquara (a 273 km de São Paulo).
O incidente aconteceu pouco depois da partida entre Palmeiras e Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro, em 4 de novembro de 2012.
Na esfera esportiva, o tumulto ocasionou a perda de quatro mandos de campo, cumpridos pelo clube em 2013, já pelo Brasileiro da Série B.
Segundo a delegada Margarete Barreto, da Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), da Polícia Civil, os palmeirenses foram identificados como integrantes de um grupo que enfrentou policiais militares que evitaram a invasão da torcida no gramado do estádio.
Um vídeo gravado por um torcedor com um celular, postado na internet, ajudou os investigadores da Decradi a identificar os três membros da Mancha Alviverde.
Sobral e Pereira se entregaram à Polícia. Diana ainda não foi localizado e passou a ser considerado um foragido da Justiça.
VOADORA – Segundo a delegada Margarete Barreto, Diana deu uma "voadora" no peito de uma policial militar que ajudou a impedir a invasão do gramado da Fonte Luminosa.
"[Diana] Mostra seu pouco escrúpulo em usar táticas de luta em uma mulher, teoricamente mais fraca que ele", escreveu a delegada em seu pedido de prisão à Justiça.
"Sua covardia em escolhe-la na linha onde outros policiais do sexo masculino aponta seu oportunismo e hediondez em utilizar sua força, técnica e treinamento contra uma mulher", continuou.