Lava Jato concentra esforços em acordos com empreiteiras

Na 32ª fase e em curso há dois anos e quatro meses, a Lava Jato, principal operação do Brasil que investiga corrupção e desvios de dinheiro público, passou a focar nas colaborações com as grandes empreiteiras.
Desde o início do ano, a PGR (Procuradoria-Geral da República) e a força-tarefa de Curitiba (PR) concentram esforços nas negociações com as empresas envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras, como a líder do mercado nacional Odebrecht, e OAS, cujo um dos sócios, Léo Pinheiro, tinha relação de amizade com políticos.
Parte dos procuradores envolvidos defende que há a possibilidade de firmar negociação com ambas, enquanto outros acreditam que há lugar para apenas uma, argumentando que é importante mostrar que as empreiteiras não sairão impunes do processo.
Até agora a Lava Jato firmou três acordos de leniência, espécie de delação premiada da pessoa física (com as empresas Toyo Setal, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez), e 56 de delação premiada.
O primeiro investigado a se tornar delator foi o ex-diretor da área de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e seus familiares, que tiveram acordos homologados pela justiça em setembro de 2014.