Leitor “atualiza” o preço do feijão no supermercado

Na última quinta-feira o Diário do Noroeste publicou matéria intitulada “Preço do feijão mais que triplica em um ano”. Abordando a importância do grão para a mesa do brasileiro, a reportagem destaca que o preço do quilo do feijão carioca, conforme pesquisa deste mês feita pelo Procon de Paranavaí, chegava a R$ 10,65.
Diante disso, um atento leitor, que pediu para não ser identificado, informou que ontem encontrou o mesmo produto a R$ 13,45 o quilo em um mercado de bairro da cidade.
O DN destacou que em fevereiro desde ano, o feijão nosso de cada dia já acumula várias altas desde 2015. No segundo mês de 2016 o quilo variava de R$ 4,98 a R$ 6,45, ainda tomando por base o levantamento do Procon.
Nova pesquisa da instituição mostrou que o quilo do feijão carioca podia ser encontrado ao mínimo de R$ 6,99 e máximo de R$ 10,65 nos dias 1º e 2 de junho últimos, realidade que “já é passado”, nas palavras do leitor.
Ele complementou que o cenário não é diferente nas cidades da região. Numa grande cidade, a 70 km de Paranavaí, este mesmo produto estava R$ 14,00, afirma.
NO ATACADO – Levando em conta preço de atacado, a saca de feijão saltou de R$ 106,82 para valores entre R$ 330,00 e R$ 350,00 nos últimos 12 meses, atesta o Departamento de Economia Rural (Deral), Núcleo de Paranavaí da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná.
Isto representa variação superior a 230%, portanto, mais que o triplo do valor de um ano para outro, como chamava a atenção já no título da matéria.
Quando da publicação, o engenheiro agrônomo do Deral em Curitiba, Carlos Alberto Salvador, disse que a elevação é resultado da queda na produção, embora a área plantada tenha permanecido estável.
Variações climáticas tais como excesso de chuva, muito calor ou longos períodos de estiagem colaboraram para a redução. Levando em conta as duas safras anuais a queda é de 130 toneladas no Estado, diz o agrônomo. Ele complementa que o Paraná responde com 24% da produção nacional, fazendo com que a alta seja sentida em todo o país.