Lira: Paranavaí tem 1,2% de infestação
A equipe da Vigilância em Saúde concluiu ontem o segundo Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (Lira) de 2017. O trabalho mostrou que Paranavaí tem infestação de 1,2%, ou seja, está acima do que o Ministério da Saúde considera como tolerável, que é 1%.
O lixo descartado irregularmente em terrenos baldios e fundos de vale continua sendo o principal problema. De todos os focos de larvas do mosquito encontrados pela equipe da Vigilância em Saúde, 48% correspondem a plásticos, garrafas e entulhos de construção jogados nesses locais.
O restante dos criadouros está dentro das residências e dos imóveis comerciais. Para se ter uma ideia, 24% dos focos foram encontrados em vasos de plantas, garrafas e bebedouros de animais. Outros 12%, em recipientes de captação de água, por exemplo, baldes e tambores.
De acordo com o assessor da Vigilância em Saúde, Randal Fadel Filho, o maior índice de infestação foi identificado na região do Jardim São Jorge, 1,9%. Nas proximidades do Jardim Ouro Branco, 1,8%. Na área central, 0,7%. Na região que inclui desde o Jardim Santos Dumont até o Distrito de Sumaré, 0,5%.
A situação de Paranavaí é classificada como de médio risco, mas há um fator que precisa ser levado em conta. Teve início o período em que as fêmeas do Aedes aegypti depositam maior quantidade de ovos, por causa da mudança de temperatura do verão para o outono. Essa época de maior agressividade se estende até o final de abril.
O apelo é para que a população colabore com as ações de combate ao mosquito e de prevenção à dengue. É fundamental manter quintais e fundos de empresa sempre limpos, retirar água de objetos e recipientes que possam ser criadouros e, o mais importante, não descartar lixo em terrenos vazios.
Na próxima semana, os integrantes do Comitê Municipal de Prevenção e Combate à Dengue se reunirão para debater a situação de Paranavaí e traçar estratégias. O principal objetivo é reduzir a quantidade de focos do Aedes aegypti, para evitar uma epidemia da doença a partir de setembro, quando as temperaturas voltarem a subir.
Fadel Filho afirmou que o cenário é favorável para o início da epidemia. A declaração se baseia no fato de que em 2016, os índices de infestação eram menores do que neste ano. No primeiro Lira, em janeiro, foram registrados, respectivamente, 2,8% e 3,1%. No segundo Lira, em março, 0,4% e 1,2%.