Lorenzetti defende ações para evitar que Arenito Caiuá volte a ser linhão da fome
O ex-prefeito de Paranavaí e candidato a deputado Federal, Rogério Lorenzetti (PSD) defendeu, em Umuarama, a necessidade de promover o desenvolvimento econômico e demográfico do Arenito Caiuá (107 municípios que tem Umuarama, Paranavaí e Cianorte como as principais cidades), sob pena de a região “voltar a ser no futuro este terrível linhão da fome”, como já foi chamada no passado.
Para ele, a região precisa ter boa representação federal e estadual para não permitir a estagnação do processo de crescimento econômico.
O pronunciamento foi na noite de quarta-feira (26), durante encontro com mais de 250 lideranças políticas, comunitárias, empresariais e religiosas de 23 municípios da região da Associação dos Municípios Entre Rios (Amerios), que contou com a presença da vereadora Ana Novais, candidata à deputada estadual, do ex-prefeito de Umuarama, Moacir Silva, vereadores e ex-vereadores de toda a região e outros formadores de opinião.
No seu pronunciamento, Rogério pediu empenho aos apoiadores nesta reta final de campanha. “Pesquisas apontam que estou empatado, em segundo lugar, na região da Amerios, com um deputado e em primeiro lugar está outro deputado. Mas, como não sou deputado, será uma votação expressiva nesta região graças a vocês”, agradeceu ele.
Nos pronunciamentos, as lideranças destacaram o comprometimento com que Lorenzetti desenvolve suas atividades e o trabalho que realizou em Paranavaí, durante os oito anos como prefeito da cidade, o que lhe deu conhecimento para desempenhar a nova função que pleiteia.
O ex-prefeito Moacir Silva revelou que resolveu participar da campanha com o surgimento da candidatura de Lorenzetti, que foi seu colega prefeito entre 2009 e 2016: “Ele é um grande gestor e estará trabalhando por toda a região”.
Ele lembrou que em 1975 a geada dizimou os cafezais da região e houve um esvaziamento populacional no Noroeste. “Agora estamos ameaçados de novo, estamos enfraquecidos economicamente e podemos voltar a ser a linha da fome”, advertiu. Lembrou que as universidades estão formando muitos jovens, mas eles não têm onde trabalhar na região. E disse que a falta de infraestrutura, como boas rodovias interligando as cidades da região, inibe a vinda de grandes cooperativas, especialmente as que atuam na avicultura e suinocultura.
Citou o estudo do Ipardes, que aponta que em 2030 a maioria dos municípios da região vai ter redução em sua população, justamente por falta de empregos. “Teremos uma nova migração”, disse ele.
Silva lamentou o fechamento de uma grande avícola e de uma usina de álcool. “Muitos trabalhadores perderam empregos e a região perdeu toneladas de ICMS”, comparou, reclamando que a falta de concorrências entre as empresas para a contratação de mão de obra abaixa a média dos valores salariais.
“Tenho conversado muito com o Rogério sobre isso. Falta força e representatividade política para a nossa região. E eu sei que o Rogério tem bagagem e está preparado para enfrentar esta situação. Ele vai trabalhar pelo desenvolvimento e geração de empregos para todo o Arenito Caiuá”, reforçou o ex-prefeito.
EMPURRAR AS CIDADES – Lorenzetti concordou com o diagnóstico feito pelo ex-prefeito de Umuarama. “Em Paranavaí, criamos em oito anos, mais de 3.500 MEIs e outros três mil CNPJs. Foi um crescimento muito grande, mas insuficiente, ainda, para aumentar a população, o crescimento (populacional) é apenas vegetativo (diferença entre nascimentos e óbitos).
Nós temos que sair deste crescimento vegetativo, temos que empurrar nossas cidades, Paranavaí tem que passar dos 100 mil habitantes, Umuarama, que já tem mais de 100 mil, tem que ir a 150 mil habitantes”, defendeu.
O candidato reforçou a necessidade de “a nossa região voltar a crescer, para segurar os jovens. O problema de salário hoje é seríssimo. Nós temos que ter salários compatíveis para esses novos profissionais que estão sendo formados pelas nossas universidades. Mas a gente não consegue segurar. Por que? Porque o jovem se forma e vai procurar um salário melhor em outro centro”.
Diante desse quadro, Lorenzetti disse que “só temos dois caminhos: o primeiro, é a gente se conformar com tudo e voltar a ser no futuro este terrível linhão da fome; ou dar a volta por cima. Como vamos dar a volta por cima? Exatamente como o Moacir falou, com uma boa representação federal e boa representação estadual”.