Love: “Não posso dizer se me considero titular ou reserva, só o Carille pode dizer”

“Love, você é titular ou reserva?”, questionou um repórter em entrevista coletiva. “Chama o Carille!”, respondeu o atacante, em tom de brincadeira.
Desde que estreou pelo Corinthians, contra o Ferroviário-CE, em 07 de fevereiro, pela Copa do Brasil, Love esteve em campo em todas as partidas. Não necessariamente como centroavante, não necessariamente como titular.
“Como temos elenco competitivo, de qualidade, todos vão ter oportunidade, o nível é muito alto. Não posso dizer se me considero titular ou reserva, só o Carille pode dizer. Mas temos que criar essa dúvida nele".
Na verdade, Vagner pode ser considerado uma solução para o técnico. "Nunca gostei de reclamar, o treinador tem que ter o comando do grupo, colocar o jogador que está bem no momento, o jogador que estiver bem tem que jogar. Se me botar do lado do campo, tenho que fazer o melhor. Se me botar na minha posição de origem, tenho que botar a bola para dentro.”
Vice-artilheiro do Campeonato Brasileiro em 2015, com 14 gols, torneio em que o Corinthians foi campeão, Love sabe que, deslocado da sua posição de origem, talvez não seja, desta vez, o maior goleador do elenco. Mas, aos 34, anos, ele garante que não carrega mais este peso nas costas.
"Pela experiência, pelo o que vivi no futebol, não preciso provar nada para ninguém, tenho que provar para mim mesmo que posso jogar em alto nível. As coisas funcionam naturalmente, não te dá pressão. Em 2015 eu tinha aquela pressão por gol. Hoje estou mais tranquilo, quero ajudar.”
Esta vontade de contribuir com o grupo vem também do bom relacionamento que técnico e atleta desenvolveram ao longo dos anos. Tanto que Carille fez questão de pedir a contratação de Love para a temporada de 2019. “Fiquei feliz de ele pegar o telefone e me chamar para saber se eu tinha a possibilidade de voltar.”
Na primeira passagem pelo Corinthians, em 2015, Love ficou, muitas vezes, entre os reservas e acostumou a treinar sob o comando de Carille, naquela época, auxiliar técnico. “Ele me dava a maioria dos treinos, já tinha um carinho. É um cara que respeito muito, gosto muito de trabalhar, disse. “É fundamental para a gente, dentro e fora de campo. Ele é um cara vencedor que vai nos ajudar muito".
Love elogia também os companheiros de grupo
Sobre Gustavo, que passa por recuperação física, Love revela admiração: "É um jogador que no faz falta, pela fase que vive. Um cara do bem, gente boa, desejo que se recupere logo para nos ajudar a fazer bons jogos".
O atacante falou sobre as críticas que a dupla de zaga corinthiana recebeu. “São dois jogadores experientes, que têm rodagem no futebol, Manoel já ganhou títulos importantes, Henrique também, já jogou fora. Se falarem sobre gols sofridos, a culpa não é deles, bola parada se tomamos gol, somos todos culpados. E a gente se ajuda diariamente.”