Macarrão incrimina ex-goleiro Bruno
CONTAGEM – Após mais de duas horas de interrogatório, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, incriminou ontem o goleiro Bruno Fernandes pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio, em junho de 2010.
A revelação foi feita por volta das 2h. Até então, o réu sempre negou ter envolvimento com a morte de Eliza.
Com voz embargada e uma indisfarçável ameaça de choro, Macarrão disse ter recebido ordem do goleiro para levar Eliza ao seu matador.
Segundo Macarrão, Bruno havia pedido que ele levasse Eliza até um ponto na Pampulha, em Belo Horizonte, onde um homem a estaria esperando. "Eu estava pressentindo que ela iria morrer".
Nessa parte do depoimento, ele chorou. Disse ter tentado demover Bruno da ideia. Segundo ele, o goleiro disse: "Faz o que estou dizendo, larga de ser bundão".
O interrogatório foi interrompido para ele se recompor. A plateia reagiu como se tivesse visto o rosto de Macarrão congelado, em preto em branco, com as luzes de carros passando pela Avenida Brasil. "Será que vai contar quem matou?".
Quando voltou a falar, o réu disse ter obedecido a ordem do amigo/patrão.
Pressentimento – Segundo Macarrão, o goleiro enganou Eliza, que achava que estava sendo levada para um apartamento.
Ele afirmou ter deixado Eliza onde um Fiat Palio a esperava e que saiu do lugar rápido. Não viu o que aconteceu. "Eu estava apavorado. Quase bati o carro".
Procurando a mãe de Eliza na plateia, Macarrão disse que se soubesse onde está o corpo, ele contaria.
O interrogatório da acusação terminou por volta das 4h com o réu reafirmando a sua inocência.
Questionado pela Promotoria sobre os boatos de que seria homossexual, Macarrão disse que isso não é verdade. Segundo ele, tais boatos o prejudicaram na cadeia. "Não há dinheiro de ação que pague o tanto que fui humilhado dentro do sistema por causa disso", afirmou.
Com a confissão de que participou do desaparecimento de Eliza, Macarrão pode ter a pena reduzida se for condenado. A confissão é atenuante prevista em lei.
A defesa de Macarrão disse que ele assumiu, na versão apresentada, pequena participação no homicídio.
Bruno só será julgado em março de 2013, com a ex-mulher Dayanne Souza e Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Além de Macarrão, sobrou no júri a namorada do ex-goleiro em 2010, Fernanda Gomes de Castro.
"Só agora tive certeza de que Eliza foi assassinada", disse Fernanda. Ela não havia acompanhado as falas de Macarrão. Fernanda disse não saber o motivo pelo qual está sendo acusada, alegando que só foi chamada para cuidar do bebê de Eliza.
A revelação foi feita por volta das 2h. Até então, o réu sempre negou ter envolvimento com a morte de Eliza.
Com voz embargada e uma indisfarçável ameaça de choro, Macarrão disse ter recebido ordem do goleiro para levar Eliza ao seu matador.
Segundo Macarrão, Bruno havia pedido que ele levasse Eliza até um ponto na Pampulha, em Belo Horizonte, onde um homem a estaria esperando. "Eu estava pressentindo que ela iria morrer".
Nessa parte do depoimento, ele chorou. Disse ter tentado demover Bruno da ideia. Segundo ele, o goleiro disse: "Faz o que estou dizendo, larga de ser bundão".
O interrogatório foi interrompido para ele se recompor. A plateia reagiu como se tivesse visto o rosto de Macarrão congelado, em preto em branco, com as luzes de carros passando pela Avenida Brasil. "Será que vai contar quem matou?".
Quando voltou a falar, o réu disse ter obedecido a ordem do amigo/patrão.
Pressentimento – Segundo Macarrão, o goleiro enganou Eliza, que achava que estava sendo levada para um apartamento.
Ele afirmou ter deixado Eliza onde um Fiat Palio a esperava e que saiu do lugar rápido. Não viu o que aconteceu. "Eu estava apavorado. Quase bati o carro".
Procurando a mãe de Eliza na plateia, Macarrão disse que se soubesse onde está o corpo, ele contaria.
O interrogatório da acusação terminou por volta das 4h com o réu reafirmando a sua inocência.
Questionado pela Promotoria sobre os boatos de que seria homossexual, Macarrão disse que isso não é verdade. Segundo ele, tais boatos o prejudicaram na cadeia. "Não há dinheiro de ação que pague o tanto que fui humilhado dentro do sistema por causa disso", afirmou.
Com a confissão de que participou do desaparecimento de Eliza, Macarrão pode ter a pena reduzida se for condenado. A confissão é atenuante prevista em lei.
A defesa de Macarrão disse que ele assumiu, na versão apresentada, pequena participação no homicídio.
Bruno só será julgado em março de 2013, com a ex-mulher Dayanne Souza e Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Além de Macarrão, sobrou no júri a namorada do ex-goleiro em 2010, Fernanda Gomes de Castro.
"Só agora tive certeza de que Eliza foi assassinada", disse Fernanda. Ela não havia acompanhado as falas de Macarrão. Fernanda disse não saber o motivo pelo qual está sendo acusada, alegando que só foi chamada para cuidar do bebê de Eliza.