Maduro manda prender três generais da Força Aérea por tentativa de golpe

SÃO PAULO (Folhapress) – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, informou que foram detidos três generais da aviação que pretendiam colocar a Força Aérea do país contra o governo para realizar um golpe de Estado. Maduro disse que os três foram colocados à disposição dos tribunais militares.
"Ontem (anteontem) à noite capturamos três generais que estávamos investigando graças à poderosa moral da nossa Força Armada bolivariana. São três generais que pretendiam levantar a Força Aérea contra o governo", disse o presidente.
Maduro acrescentou que a descoberta da tentativa de golpe foi possível devido à "consciência dos oficiais, os mais jovens, generais, tenentes-coronéis, que vieram alarmados denunciar que estavam sendo convocados para fazer um golpe de Estado".
Segundo o presidente, o grupo capturado tem vínculos diretos com setores da oposição e dizia que esta semana seria "decisiva" para seu suposto intento.
Maduro deu a informação durante a reunião com chanceleres da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) no Palácio Miraflores, sede do governo venezuelano.
A identidade dos generais não foi divulgada pelo presidente.

Todas as mortes são resultado das barricadas, diz presidente
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse ontem que já são 35 os mortos devido a protestos no país desde o dia 12 de fevereiro.
Segundo ele, todas as vítimas são consequência dos protestos contra seu governo e das barricadas erguidas pelos opositores.
"Há 35 vítimas que perderam a vida. E todas, todas, todas, caso por caso (…), estão vinculadas e são responsabilidade direta desses atos violentos que se estão chamando de ‘guarimbas’ [barricadas]", disse o presidente aos chanceleres da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), que estão reunidos em Caracas para discutir a situação no país.
Maduro não citou os feridos nos protestos, que até o fim de semana passado já somavam ao menos 400.
Os detidos chegaram a cerca de 2.000, mas a maioria já está em liberdade graças a medidas cautelares de tribunais.