Mãe não reconhece relógio encontrado próximo a ossada como sendo do filho

A mãe de um comerciante desaparecido desde 27 de novembro do ano passado não reconheceu o relógio que estava junto a uma ossada encontrada em canavial na cidade de Guairaçá, no sábado passado. Com isso, o exame de DNA é a única forma de apontar se a ossada é de Élio Gustavo Lima Marqueze, 27 anos, o que daria um fim definitivo às buscas.
A Polícia tinha a expectativa de que familiares pudessem dizer se o relógio era da vítima, o que reforçaria os indícios sobre o que teria acontecido com o comerciante no Jardim Morumbi, em Paranavaí. Sobre a morte de Élio Gustavo Lima Marqueze, dois homens são apontados como autores do crime. Um está preso e outro foragido, julgados por latrocínio (roubo com resultado de morte).
Na época do desaparecimento, uma testemunha relatou que o comerciante foi assassinado com um tiro, sofrido quando ainda estava no Jardim Oásis, dentro de uma picape. Na ossada recolhida neste final de semana, havia perfuração no crânio, o que reforça a versão de ser do jovem desaparecido.
Quando do desaparecimento, a testemunha afirmou que estava junto com a vítima. Nesta versão, a vítima tinha combinado a venda de uma picape Mitsubishi Triton por R$ 85 mil. Os matadores teriam usado a ideia da compra para assassinar.
A testemunha diz que o comerciante teria ido entregar a picape para duas pessoas, que negociavam a compra do veículo. Então ele, a testemunha e os possíveis compradores embarcaram na picape.
A vítima, no banco do passageiro da frente, foi atingida com um tiro na nuca. A própria testemunha diz que não morreu porque a arma do matador falhou quando estava apontada em sua direção no banco traseiro. Ao mesmo tempo, teria reagido, rolando com um dos matadores para fora do veículo. Antes da fuga, ainda teria sido alvo de dois disparos, que não o acertaram.
A camioneta foi encontrada abandonada próximo ao local onde estavam os restos mortais localizados no último sábado.
A testemunha deverá ser ouvida novamente tão logo o exame constate tratar dos restos mortais de Marqueze, informou o delegado Vagner dos Santos Malaquias, da 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí, ao Diário do Noroeste. Só após confrontar os novos detalhes é que o teor das declarações dele pode ser confirmado ou não.
O homem apontado como testemunha está preso desde o mês de setembro passado, acusado de participação no assalto e assassinato do arquiteto Fábio Tranin, 53 anos. O crime aconteceu na casa da vítima, dia 29 de agosto, em Paranavaí.