Mais de 4.300 casos de conjuntivite na região Noroeste
Informações preliminares da 14ª Regional de Saúde mostram que o Noroeste do Paraná soma 4.356 casos de conjuntivite. “É um número bastante alto”, avalia a chefe da Seção de Vigilância Epidemiológica, Samira Silva. Alguns municípios enfrentam surto da doença.
A situação mais emblemática é a de Paraíso do Norte, com 1.000 notificações. Paranavaí totaliza 887. Marilena tem 479. Querência do Norte, 385. Amaporã, 352. Mirador, 200. Em Planaltina do Paraná, são 131 casos de conjuntivite. Outros 124 em Tamboara. 116 em Nova Londrina. E 100 em Diamante do Norte.
De acordo com Samira, o problema pode ser ainda maior, considerando que muitas pessoas com a doença não procuram atendimento médico. Significa que esses casos não são registrados, gerando as chamadas subnotificações.
A chefe regional de Vigilância Epidemiológica destaca que o número de pessoas com conjuntivite é grande em todo o Paraná. Outros estados brasileiros também enfrentam o aumento nas notificações de casos da doença.
CONJUNTIVITE – Trata-se de uma inflamação nos olhos. Pode durar de uma semana a 15 dias, com quadro clínico que varia de leve a moderado. Normalmente, acontece mais frequentemente durante o verão, podendo ser causada por reações alérgicas, vírus ou bactéria.
A doença deixa os olhos vermelhos e lacrimejantes. As pálpebras ficam inchadas e o paciente tem a sensação de que tem areia ou cisco nos olhos.
Outros sintomas são: coceira, dor ao olhar para a luz e visão borrada. A conjuntivite viral provoca secreção esbranquiçada; a bacteriana, secreção purulenta.
Os surtos ocorrem principalmente em locais com aglomeração de pessoas, por exemplo, creches, escolas e fábricas. Para evitar o contágio, a pessoa com conjuntivite deve ser afastada por um período de sete dias. Além disso, não deve compartilhar lenços, toalhas, talheres e outros objetos de uso pessoal.
ORIENTAÇÕES
Por causa do crescente número de notificações em todo o Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde encaminhou uma nota técnica para os municípios, no sentido de orientar como devem ser os trabalhos de orientação dos moradores e de registro dos pacientes.
De acordo com Samira, é essencial que as pessoas busquem atendimento médico, para que o tipo de conjuntivite seja identificado e os pacientes recebam os tratamentos adequados. A chefe de Vigilância Epidemiológica enfatiza que a doença pode agravar e ter complicações.