Mandar jogos em estádios diferentes atrapalha, diz Mano

SÃO PAULO – O Corinthians já teve três casas no atual Campeonato Brasileiro. Começou no Pacaembu, abriu o Itaquerão e está atuando no Canindé, palco do jogo de hoje, contra o Cruzeiro (22h).
Para Mano Menezes, as constantes mudanças estão atrapalhando a equipe, que não tem tempo para se adaptar ao local das partidas onde é mandante e, teoricamente, deve impor seu estilo.
"Trocar estádio dá prejuízo. Você se familiariza com o lugar e faz dele sua casa. Mas é uma circunstância que devemos enfrentar agora", constata o treinador.
No domingo, o Corinthians recebe o Botafogo no Itaquerão, último jogo antes da paralisação do Campeonato Brasileiro por causa da Copa do Mundo.
Na única vez em que jogou na arena, o time foi derrotado pelo Figueirense por 1 a 0. Resultado que foi atribuído pela diretoria e comissão técnica, em parte, ao nervosismo dos jogadores com a inauguração.
"A equipe tem de passar por isso. Não adianta ficar adiando. Quando você tem algo a resolver, precisa resolver. Você precisa se adaptar às novas condições. Tem de enfrentar", explica Mano, citando a necessidade de jogar o mais cedo possível no estádio que será a casa definitiva do Corinthians após o Mundial.
CRÍTICAS AO UNIFORME – Mano Menezes não é fã da camisa amarela utilizada pelo Corinthians nos jogos fora de casa. Além de considerar a escolha da cor "estranha", o treinador considera que não tem nada a ver com o clube do Parque São Jorge.
"É estranho dirigir o Corinthians de amarelo. Parece mais o Borussia Dortmund (ALE)", observou Mano.
As cores oficiais do clube são o branco e o preto. A Nike, fornecedora de material esportivo, fez o terceiro uniforme amarelo para homenagear a seleção brasileira em ano de Copa do Mundo. A empresa fez o mesmo para todas as equipes que patrocina.
O primeiro uniforme do Corinthians é branco. O segundo, preto com finas listras verticais brancas. O terceiro, nesta temporada, é amarelo. Esta última camisa tem recebido preferência nas partidas que a equipe disputa como visitante, como tentativa de alavancar as vendas.
"Há várias maneiras de homenagear [a seleção]. Mas acho que precisava levar isso [as cores oficiais do clube] em consideração na hora de fazer a terceira camisa. Não era preciso descaracterizar tanto", concluiu.