Mascherano: “O destino dirá como esta história termina”
Javier Mascherano sempre coloca a camisa da Argentina na frente de sua pessoa. É por isso que ele se recusa a especular se a partida com a Nigéria pelo Grupo D será sua última com a seleção.
"Eu não penso nisso", disse o meia de 34 anos para o site da FIFA, a poucas horas de distância da partida decisiva contra os africanos, nesta terça. "Eu prefiro pensar sobre o que podemos fazer e tentar fazer o melhor possível para que as coisas corram bem. Depois que o destino vai contar como esta história termina", acrescenta o futebolista com mais partidas na história da Albiceleste: 145.
A difícil queda diante da Croácia, a pior para uma fase de grupos, deixou as principais lições para o que está por vir. "É claro que, até o primeiro gol deles, o jogo foi par. Então nós perdemos a forma, a estrutura e vimos uma imagem muito pobre. Isso é no final o que acaba te preocupando", analisa.
"Você sabe que os resultados podem variar e muitas vezes são imerecidos, como o nosso empate com a Islândia. Mas perder a forma assim, não. É algo que devemos repensar porque não pode acontecer conosco".
Mascherano também não gosta que alguns indiquem Lionel Messi como o rosto de frustração. "A equipe está frustrada, não Leo. Não vamos culpá-lo sozinho", diz calmamente.
"Há frustração porque as coisas não saem, mas temos que aprender a conviver com isso e tentar sair de lá. E expandir. "Precisamos saber superar as dificuldades. Não podemos nos resignar à primeira coisa negativa que nos acontece. É uma luta interna à qual devemos vencer".
Ele também fala em vencer a Nigéria se quiser permanecer na Rússia em 2018, porque um empate ou uma derrota significaria eliminação automática. Masche é claro sobre o rival que enfrentará em São Petersburgo, hoje, às 15h.
"É um time com jogadores interessantes. Vimos contra a Islândia que a primeira vez sofreu e bastante. Mas ele sabia como sofrer e na segunda metade mostrou seu melhor jogo nesta Copa do Mundo".
Quais são as chaves? "Você não precisa dar espaço para eles. Com espaços eles causam muitos danos a você, porque são jogadores muito físicos, muito rápidos. Devemos controlar seus pontos mais fortes para limitá-los e, em seguida, aproveitar nossas oportunidades".
Mais uma vez, Mascherano deixa de lado a possibilidade de que uma eliminação precoce e amarga marca o ponto final de seu notável passo pela seleção. "Eu não desperdiço energia pensando nisso. Eu prefiro gastar com o que podemos fazer agora para não chegar a isso".
Mas ele sabe que um momento de equilíbrio está chegando. "Nesta terça-feira vamos analisar qual foi o resultado, e vamos falar sobre qual é o adversário da oitava rodada, ou se esta história acabou para sempre".