Maurício Yamakawa confirma pré-candidatura

No início estava praticamente descartada, pouco provável num segundo momento e agora é uma questão de viabilizar apoios de pessoas e partidos. Este é o resumo da trajetória do ex-prefeito de Paranavaí (gestão 2005/2008), Maurício Yamakawa, em relação às eleições municipais deste ano.
Yamakawa confirmou ontem à reportagem do DN que é pré-candidato a prefeito pelo PP (Partido Progressista) e busca composições que viabilizem sua candidatura. Instigado, avalia que a possibilidade de seu nome estar na lista de postulantes é atualmente de 70%. Antes, ele alegava, entre outros empecilhos, o trabalho nas empresas da família para não lançar seu nome.
Com a disposição de se candidatar, aumenta também o afastamento do grupo liderado pelo PT (Partido dos Trabalhadores) que tem César Alexandre como pré-candidato e o vereador Roberto Cauneto Picorelli (Pó Royal) como grande cabo eleitoral. Picorelli está filiado ao PMN. Também o PROSS, cuja liderança em Paranavaí é do empresário Paulo Pratinha, integra o grupo.
Na mesma proporção, cresce a proximidade com partidos atualmente alinhados ao governo do Paraná, entre eles, o PSB do pré-candidato Fernando Carvalho, e o PR (Partido da República), cuja liderança eleitoral em Paranavaí é o vereador José Galvão e que tem na presidência o empresário do comércio, Cícero Lopes de Lima (Kareca).
Paralelamente, o ex-prefeito conversa também com o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), do governador Beto Richa. A sigla tem dois pré-candidatos a prefeito de Paranavaí – o ex-deputado estadual Walmor Trentini e o delegado de Polícia Carlos Henrique Rossato Gomes.
APOIO – O avanço da conversa sobre a pré-candidatura já dura mais de 60 dias, no entanto, o ex-prefeito admite que ganhou novo fôlego com a confirmação do deputado federal Ricardo Barros para o Ministério da Saúde. Barros é a principal liderança do PP no Paraná.  
Aliás, sobre saúde o pré-candidato antecipa que deve defender a bandeira da construção de um hospital municipal para atender a baixa complexidade (doenças menos graves).
Este tema foi um dos principais das eleições de 2012. Os contrários justificam que os custos são altos, o que inviabilizaria a estrutura. Os favoráveis alegam que o PA – Pronto Atendimento – já funciona precariamente como hospital municipal.    
Mesmo com tantas possibilidades em aberto, a classe política tem pouco tempo. As convenções começam em 20 de julho. No entanto, Yamakawa acredita que as chapas estarão definidas até o final do mês de junho. Lembra que a campanha será curta, o que exige mais tempo para organização.
CONTAS – Yamakawa falou ainda sobre as contas da gestão de prefeito (2005/2008), rejeitadas pelo TCU. Lembra que ainda está em grau de recurso, está se defendendo e que não cometeu nenhuma irregularidade em relação às mesmas, o que o deixa tranquilo e habilitado para pleitear a candidatura.
Yamakawa também comenta que o TCU deve informar à Câmara Municipal sobre o recurso. A Procuradoria Jurídica da Câmara confirma que formalizou petição para esclarecimento. Informalmente, o TCU teria antecipado que provavelmente caberia o recurso e que os esclarecimentos serão feitos formalmente (por escrito). A possível condição foi verificada pela Comissão de Finanças, ou seja, pelos vereadores que a compõem.
O cenário político paranavaiense ainda está longe de ser definido. Tanto que, além dos já citados, também são apontados pré-candidatos: o cirurgião-dentista Valdir Tetilla (PMDB), a professora Aparecida Gonçalves (PDT), o ex-vereador Nivaldo Mazzin (PTB).