Melhora da confiança começa a impulsionar crescimento

BRASÍLIA – A melhora da confiança, que tem sido registrada por uma série de indicadores divulgados nas últimas semanas, começa a se refletir na economia. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que tenta prever o ritmo de expansão do País, registrou avanço de 0,23% em junho.
O IBC-Br foi construído com base na evolução da agropecuária, da indústria e do setor de serviços. Serve para projetar quanto o Produto Interno Bruto (PIB) do País vai crescer em um determinado período. O dado oficial, no entanto, é divulgado apenas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que está programado para ocorrer no fim do mês.
A confiança de empresários e de famílias é fundamental para a expansão econômica. Quando existe otimismo em relação ao futuro, empresários tiram projetos da gaveta e, com isso, geram emprego e renda. A soma entre novos investimentos e aumento de trabalhadores impacta positivamente no PIB.
Diante da perspectiva de que o governo em exercício vai organizar a economia, o Risco Brasil caiu ao menor nível em um ano, o País atraiu quase US$ 4 bilhões em investimentos estrangeiros para o setor produtivo, a produção industrial voltou crescer, e a confiança dos pequenos empresários subiu 20%.
AUMENTO DA PRODUTIVIDADE – Todos esses indicadores, além de outros que foram divulgados nos últimos meses, sugerem que houve um aumento da produção ou da intenção de expandir o ritmo produtivo no futuro. Esse movimento gerou efeitos positivos para a economia, e é isso que foi registrado pelo IBC-Br.
O Itaú Unibanco, que faz pesquisa semelhante ao IBC-BR, calcula que o Brasil cresceu 0,5% em junho. Esse mesmo estudo pondera que as expectativas são de melhora para as projeções de PIB do terceiro trimestre.
“Para frente, os indicadores antecedentes apontam para um nível de atividade econômica acima do que temos atualmente”, escreveu Rodrigo Miyamoto, o economista do banco que assina a pesquisa.