Mesmo com o fim da piracema, pescadores devem seguir regras para praticar a atividade

Depois de quatro meses de piracema, a pesca de espécies nativas voltará a ser permitida em todo o estado, a partir de quarta-feira (1º). O chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) de Paranavaí, Mauro Braga, destacou o que pode e o que não pode ser feito, mesmo com a liberação da atividade.
Pescadores amadores podem retirar até 10 quilos de peixes, mais um exemplar. Admite-se o uso de linha de mão, caniço simples e vara com molinete ou carretilha. As redes são proibidas. Também é obrigatório ter a licença para pesca amadora.
No caso dos profissionais, é necessário ter todos os apetrechos de pesca lacrados pelo IAP e devidamente identificados com o nome do pescador. Além disso, as redes devem ser mantidas a 100 metros de distância uma da outra.
De acordo com Braga, não é permitido pescar nos pontos em que diferentes rios se encontram com o Paraná e o Paranapanema. A atividade só pode ser praticada a partir de 500 metros de distância. Em Diamante do Norte, outra especificidade: para pescar é preciso estar a mais de 100 metros da barragem.
Ao longo das próximas semanas, o IAP intensificará as fiscalizações nos rios da região. Braga informou que o trabalho será devido à Quaresma, quando o consumo de pescados aumenta, graças à tradição religiosa de não comer carne vermelha.
PIRACEMA – O período de proibição é determinado anualmente, com base na Instrução Normativa 25/2009 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e na Portaria 206/2016 do IAP.
O objetivo da restrição à pesca é garantir a reprodução de peixes nativos, para proteger a continuidade de espécies. Desta vez, teve início no dia 1º de novembro de 2016.
Desde então, equipes do IAP e da Polícia Ambiental intensificaram as fiscalizações nos rios do Noroeste. Durante a piracema, foram apreendidos aproximadamente 200 molinetes e carretilhas, mais de 2.000 redes e 800 espinhais. Também houve apreensão de mais de 100 quilos de peixes.
SOCIAL – O chefe do IAP de Paranavaí explicou que os produtos confiscados são avaliados e, quando estão em condições de uso, são doados a entidades assistenciais dos municípios da região. Para receber, é necessário ter cadastro junto à repartição ambiental e prestar serviços voltados para a comunidade.