Militares contestam soldado dos EUA que diz ter matado Bin Laden
SÃO PAULO – O relato do militar da unidade de elite da Marinha dos EUA, Rob O’Neill, que revelou, quinta-feira, ao jornal americano "Washington Post" ter sido autor dos tiros que mataram Osama Bin Laden, não condiz com um livro publicado sobre o episódio, segundo a BBC.
O’Neill disse ao "Washington Post" que, quando os Seals (membros da unidade especial americana) entraram no quarto do líder terrorista, ele era o número dois em posição de atirar e o militar número um errou o tiro. Ele então disparou contra Bin Laden três vezes, até ter a certeza de que ele havia morrido.
Segundo o jornal, dois Seals que participaram na operação confirmaram a identidade do ex-soldado.
Bin Laden estava escondido em Abbottabad, no Paquistão, onde foi morto em 2011 em uma operação dos Seals. O terrorista fundou o grupo extremista islâmico Al Qaeda, autor dos atentados de 11 de Setembro nos EUA.
Segundo a BBC, o livro do ex-Seal Matt Bissonnette, 36, que também participou da ação, diz que o número um matou Bin Laden. O livro, porém, não identifica o atirador.
O livro "No Easy Day: The Firsthand Account of the Mission That Killed Osama bin Laden" (Não Há Dia Fácil: relatos em primeira mão da missão que matou Osama Bin Laden, tradução livre) foi publicado em 2012 sob o pseudônimo de Mark Owen.
Em entrevista à rede NBC News nesta quinta, Bissonnette evitou contradizer o relato de O’Neill. "Duas pessoas diferentes contando duas histórias diferentes por duas razões diferentes… Seja o que ele diga, é ele quem diz. Eu não quero tocar nisso".
Um ex-Seal disse ao "New York Times" acreditar que o atirador número um tenha apenas ferido Bin Laden com seu tiro. Em seguida, ele afastou as mulheres no quarto, temendo que elas tivessem explosivos junto ao corpo. Então, O’Neill atirou e matou o terrorista.
Porém, o "NYT" cita também uma entrevista de outro ex-Seal que acredita que O’Neill atirou só para garantir, já que Bin Laden já estava morto.
A Reuters ouviu uma pessoa próxima a outro Seal que também contestou a versão de O’Neill.
A fonte, falando sob a condição de anonimato, conta que o Seal lhe teria dito que o tiro foi disparado por um dos dois homens que entraram no quarto antes de O’Neill.
No ano passado, quando a revista "Esquire" publicou uma entrevista com um Seal anônimo, que alegou ter atirado em Bin Laden e que agora é identificado como O’Neill, outros meios de comunicação questionaram o relato.
Um artigo intitulado "Quem realmente matou Bin Laden", de Peter Bergen, analista da CNN e especialista em Al Qaeda, citou um membro da equipe Seal dizendo que a história narrada pela revista era uma grande besteira.
O advogado de Bissonnette, Robert Luskin, reconheceu na quinta-feira que por algum tempo Bissonnette esteve sob investigação criminal tanto pelo Serviço de Investigação Criminal da Marinha com pelo Departamento do Justiça dos EUA, devido a possíveis violações da lei de espionagem, por não ter buscado autorização oficial antes de publicar seu livro.
Bissonnette nega qualquer irregularidade.
O’Neill disse ao "Washington Post" que, quando os Seals (membros da unidade especial americana) entraram no quarto do líder terrorista, ele era o número dois em posição de atirar e o militar número um errou o tiro. Ele então disparou contra Bin Laden três vezes, até ter a certeza de que ele havia morrido.
Segundo o jornal, dois Seals que participaram na operação confirmaram a identidade do ex-soldado.
Bin Laden estava escondido em Abbottabad, no Paquistão, onde foi morto em 2011 em uma operação dos Seals. O terrorista fundou o grupo extremista islâmico Al Qaeda, autor dos atentados de 11 de Setembro nos EUA.
Segundo a BBC, o livro do ex-Seal Matt Bissonnette, 36, que também participou da ação, diz que o número um matou Bin Laden. O livro, porém, não identifica o atirador.
O livro "No Easy Day: The Firsthand Account of the Mission That Killed Osama bin Laden" (Não Há Dia Fácil: relatos em primeira mão da missão que matou Osama Bin Laden, tradução livre) foi publicado em 2012 sob o pseudônimo de Mark Owen.
Em entrevista à rede NBC News nesta quinta, Bissonnette evitou contradizer o relato de O’Neill. "Duas pessoas diferentes contando duas histórias diferentes por duas razões diferentes… Seja o que ele diga, é ele quem diz. Eu não quero tocar nisso".
Um ex-Seal disse ao "New York Times" acreditar que o atirador número um tenha apenas ferido Bin Laden com seu tiro. Em seguida, ele afastou as mulheres no quarto, temendo que elas tivessem explosivos junto ao corpo. Então, O’Neill atirou e matou o terrorista.
Porém, o "NYT" cita também uma entrevista de outro ex-Seal que acredita que O’Neill atirou só para garantir, já que Bin Laden já estava morto.
A Reuters ouviu uma pessoa próxima a outro Seal que também contestou a versão de O’Neill.
A fonte, falando sob a condição de anonimato, conta que o Seal lhe teria dito que o tiro foi disparado por um dos dois homens que entraram no quarto antes de O’Neill.
No ano passado, quando a revista "Esquire" publicou uma entrevista com um Seal anônimo, que alegou ter atirado em Bin Laden e que agora é identificado como O’Neill, outros meios de comunicação questionaram o relato.
Um artigo intitulado "Quem realmente matou Bin Laden", de Peter Bergen, analista da CNN e especialista em Al Qaeda, citou um membro da equipe Seal dizendo que a história narrada pela revista era uma grande besteira.
O advogado de Bissonnette, Robert Luskin, reconheceu na quinta-feira que por algum tempo Bissonnette esteve sob investigação criminal tanto pelo Serviço de Investigação Criminal da Marinha com pelo Departamento do Justiça dos EUA, devido a possíveis violações da lei de espionagem, por não ter buscado autorização oficial antes de publicar seu livro.
Bissonnette nega qualquer irregularidade.