Ministério da Saúde distribui manual de alimentação nas escolas
BRASÍLIA – O Ministério da Saúde começou a distribuir em escolas particulares um manual que estimula a venda de alimentos saudáveis nas cantinas, como forma de estimular o combate à obesidade.
O texto incentiva a troca da propaganda de alimentos considerados não saudáveis por cartazes com frutas, polpas ou barras de cereais.
Aos poucos, orienta o guia, a oferta de alimentos como salgadinhos industrializados e frituras deve ser substituída por produtos com menos gordura, sal e açúcar.
O texto também sugere que os alimentos saudáveis sejam expostos em locais mais visíveis e que tenham um preço menor que alimentos industrializados não saudáveis.
A distribuição da cartilha faz parte de um acordo firmado em abril entre o governo e a Fenep (Federação Nacional das Escolas Particulares), que representa cerca de 18 mil escolas em todo o país.
Preparado em 2010, o guia passou a ser distribuído em Porto Alegre. Segundo o Ministério da Saúde, autor da publicação, será definido cronograma para o manual chegar a outras cidades.
De acordo com o IBGE, cresceu em quase 200% nas últimas três décadas a incidência de sobrepeso entre crianças de cinco a nove anos. Em 2009, 34,8% das crianças nessa faixa etária estavam acima do peso recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Patrícia Jaime, coordenadora de alimentação e nutrição do ministério, afirma que a expectativa é de uma mudança gradual, inserida num plano mais amplo de ação.
"A gente não pensa que a realidade da cantina vai mudar de um dia para o outro. Mas a ação é estratégica para a saúde frente ao quadro de obesidade infantojuvenil."
CARDÁPIO – Além de dar dicas específicas –como oferecer mais salgados assados e com recheios variados, que incluem legumes e verduras– e informações sobre alimentação, higiene e saúde, o manual sugere cardápios adequados às diferentes faixas etárias.
Para Virgínia Nascimento, vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrição, medidas como a limitação da propaganda de alimentos não saudáveis "acertam em cheio" na tentativa de reduzir índices de sobrepeso e melhorar a alimentação infantil.
"Se só está disponível o que não é saudável, na hora da necessidade alimentar, a criança não pensa duas vezes." Para ela, esse vai ter que ser um trabalho de médio e longo prazos, que permita que várias pessoas interfiram, como pais e cantinas.
"Se você não intervier logo no início da vida, vai ser muito mais difícil depois. O hábito alimentar é arraigado."
O texto incentiva a troca da propaganda de alimentos considerados não saudáveis por cartazes com frutas, polpas ou barras de cereais.
Aos poucos, orienta o guia, a oferta de alimentos como salgadinhos industrializados e frituras deve ser substituída por produtos com menos gordura, sal e açúcar.
O texto também sugere que os alimentos saudáveis sejam expostos em locais mais visíveis e que tenham um preço menor que alimentos industrializados não saudáveis.
A distribuição da cartilha faz parte de um acordo firmado em abril entre o governo e a Fenep (Federação Nacional das Escolas Particulares), que representa cerca de 18 mil escolas em todo o país.
Preparado em 2010, o guia passou a ser distribuído em Porto Alegre. Segundo o Ministério da Saúde, autor da publicação, será definido cronograma para o manual chegar a outras cidades.
De acordo com o IBGE, cresceu em quase 200% nas últimas três décadas a incidência de sobrepeso entre crianças de cinco a nove anos. Em 2009, 34,8% das crianças nessa faixa etária estavam acima do peso recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Patrícia Jaime, coordenadora de alimentação e nutrição do ministério, afirma que a expectativa é de uma mudança gradual, inserida num plano mais amplo de ação.
"A gente não pensa que a realidade da cantina vai mudar de um dia para o outro. Mas a ação é estratégica para a saúde frente ao quadro de obesidade infantojuvenil."
CARDÁPIO – Além de dar dicas específicas –como oferecer mais salgados assados e com recheios variados, que incluem legumes e verduras– e informações sobre alimentação, higiene e saúde, o manual sugere cardápios adequados às diferentes faixas etárias.
Para Virgínia Nascimento, vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrição, medidas como a limitação da propaganda de alimentos não saudáveis "acertam em cheio" na tentativa de reduzir índices de sobrepeso e melhorar a alimentação infantil.
"Se só está disponível o que não é saudável, na hora da necessidade alimentar, a criança não pensa duas vezes." Para ela, esse vai ter que ser um trabalho de médio e longo prazos, que permita que várias pessoas interfiram, como pais e cantinas.
"Se você não intervier logo no início da vida, vai ser muito mais difícil depois. O hábito alimentar é arraigado."