Mobilidade, desafio para o futuro

Rogério Lorenzetti*

Meios de transporte mais utilizados, o carro e as motocicletas tomam conta das paisagens urbanas e congestionam, via de regra, as rodovias existentes.
Com várias restrições para o deslocamento e estacionamento raro nos centros das cidades, as pessoas ainda preferem se movimentar com o transporte individual.
Cada vez mais o tempo de percurso e a velocidade permitida dificulta esta forma de transporte. Diferente dos países desenvolvidos, o Brasil (até por uma questão cultural) fez a opção preferencial por rodovias e ruas, deixando de lado as ferrovias, metrôs, hidrovias, ciclovias e outras.
Hoje colhemos os resultados da falta de investimentos em sistemas alternativos. A duplicação de rodovias está se mostrando insuficiente para atender a demanda, centros urbanos – como Curitiba – já vivem o caos com trajetos urbanos demandando horas para serem percorridos.
Os trabalhadores e demais usuários têm que fazer planejamentos cada vez mais demorados para o deslocamento nas grandes e médias cidades.
Há necessidade urgente de uma política de mobilidade nacional digna do nome, que possibilite aos cidadãos deslocamentos mais rápidos e seguros nos trajetos urbanos e intermunicipais. O mundo que vivemos já não comporta que estradas e ruas tomem precioso tempo de vida das pessoas, que poderiam utilizá-lo de forma mais agradável, seja para lazer ou atividades produtivas.
Urge uma política de mobilidade, utilizando recursos públicos e privados, que dê rapidez aos deslocamentos. Não podemos desperdiçar preciosas horas de vida no trânsito, como estamos fazendo.

*Rogério Lorenzetti, ex-prefeito de Paranavaí, período de 2009/2016