Montoya, o nome ligado à origem de Paranavaí
A data de 11 de abril assinala o falecimento, em 1652, do padre jesuíta que deu nome ao primeiro povoamento no atual município de Paranavaí e que chegou a ser elevado a Distrito Judiciário em 1929, na época início da colonização do Noroeste do Paraná.
Em pouco mais de duas décadas (de 1612 a 1637, ou 25 anos) de seus 67 anos de idade em que viveu na Região do Guairá, o padre jesuíta Antonio Ruiz de Montoya (13/06/1585-11/04/1652) deixou sua marca indelével na província e, por extensão, na região Noroeste do Paraná, com a instalação das duas primeiras reduções jesuíticas – de Nossa Senhora de Loreto (1610), na foz do rio Pirapó, que divide os municípios de Jardim Olinda e Itaguajé, e de Santo Inácio de Ipaimbuçu ou Santo Inácio Mini (1612), no município de Santo Inácio. Além de comandar o êxodo da região para o Paraguai e Argentina, de 12 mil índios ameaçados de aniquilação pelos bandeirantes portugueses de São Paulo.
Montoya nasceu e morreu na antiga Ciudad de Los Reyes, atual Lima, no Peru, mas durante sua vida prestou reconhecidos serviços que foram da catequização à humanização dos índios que, até então não eram considerados humanos pelos colonizadores, e à Coroa da Espanha, a quem o Tratado de Tordesilhas (07/06/1494) atribuía o domínio de parte do Paraná, numa linha reta de Belém do Pará a Paranaguá, que incluía ainda Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Como superior dos jesuítas na Província, projetou a missão dos colegas italianos Simão Maceta e José Cataldino, para criação das duas primeiras reduções e, posteriormente, de outras mais – num total de 13.
Pela fama que construiu, Antonio Ruiz de Montoya recebeu muitas homenagens, uma das quais a denominação oficial da primeira colônia instalada na região Noroeste do Paraná e que deu origem a Paranavaí, na década de 1920.
A Vila Montoya, embora de duração efêmera, logo ganhou o status de Distrito Judiciário (em 13 de abril de 1929), com a instalação do primeiro cartório de registros de nascimentos, casamentos e óbitos.
Entre os índios era considerado um santo e eles foram buscar seu corpo em Lima-Peru, para enterrá-lo na redução de Loreto, na Argentina, fundada após o êxodo das reduções da Província de Guairá, na região Noroeste do Paraná.
A vida de Antonio Ruiz de Montoya inspirou o diretor de cinema Roland Joffé para levar à tela a história das reduções e missões que fundou. Na película “A Missão”, com Robert de Niro, que se fez ganhadora da Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes em 1987, o telespectador pode admirar o trabalho e esforço realizado pelos missioneiros com os indígenas na região fronteiriça entre os atuais territórios de Argentina, Brasil e Paraguai.
Alberto M. Sarrabayrouse, em seus Cuadernos Monásticos, escreveu sobre Antonio Ruiz de Montoya “el santo, el apóstol, el maestro”, argumentando sobre a abertura de um processo para sua canonização.
(Outras informações podem ser obtidas na página de mestrado da Universidade Estadual de Maringá, sob o título 151: “O Discurso de Resistência e Revide em Conquista Espiritual (1639), de Antonio Ruiz de Montoya: Ação e Reação Jesuítica e Indígena na Colonização Ibérica da Região do Guairá”, de autoria de Saul Bogoni).
Em pouco mais de duas décadas (de 1612 a 1637, ou 25 anos) de seus 67 anos de idade em que viveu na Região do Guairá, o padre jesuíta Antonio Ruiz de Montoya (13/06/1585-11/04/1652) deixou sua marca indelével na província e, por extensão, na região Noroeste do Paraná, com a instalação das duas primeiras reduções jesuíticas – de Nossa Senhora de Loreto (1610), na foz do rio Pirapó, que divide os municípios de Jardim Olinda e Itaguajé, e de Santo Inácio de Ipaimbuçu ou Santo Inácio Mini (1612), no município de Santo Inácio. Além de comandar o êxodo da região para o Paraguai e Argentina, de 12 mil índios ameaçados de aniquilação pelos bandeirantes portugueses de São Paulo.
Montoya nasceu e morreu na antiga Ciudad de Los Reyes, atual Lima, no Peru, mas durante sua vida prestou reconhecidos serviços que foram da catequização à humanização dos índios que, até então não eram considerados humanos pelos colonizadores, e à Coroa da Espanha, a quem o Tratado de Tordesilhas (07/06/1494) atribuía o domínio de parte do Paraná, numa linha reta de Belém do Pará a Paranaguá, que incluía ainda Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Como superior dos jesuítas na Província, projetou a missão dos colegas italianos Simão Maceta e José Cataldino, para criação das duas primeiras reduções e, posteriormente, de outras mais – num total de 13.
Pela fama que construiu, Antonio Ruiz de Montoya recebeu muitas homenagens, uma das quais a denominação oficial da primeira colônia instalada na região Noroeste do Paraná e que deu origem a Paranavaí, na década de 1920.
A Vila Montoya, embora de duração efêmera, logo ganhou o status de Distrito Judiciário (em 13 de abril de 1929), com a instalação do primeiro cartório de registros de nascimentos, casamentos e óbitos.
Entre os índios era considerado um santo e eles foram buscar seu corpo em Lima-Peru, para enterrá-lo na redução de Loreto, na Argentina, fundada após o êxodo das reduções da Província de Guairá, na região Noroeste do Paraná.
A vida de Antonio Ruiz de Montoya inspirou o diretor de cinema Roland Joffé para levar à tela a história das reduções e missões que fundou. Na película “A Missão”, com Robert de Niro, que se fez ganhadora da Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes em 1987, o telespectador pode admirar o trabalho e esforço realizado pelos missioneiros com os indígenas na região fronteiriça entre os atuais territórios de Argentina, Brasil e Paraguai.
Alberto M. Sarrabayrouse, em seus Cuadernos Monásticos, escreveu sobre Antonio Ruiz de Montoya “el santo, el apóstol, el maestro”, argumentando sobre a abertura de um processo para sua canonização.
(Outras informações podem ser obtidas na página de mestrado da Universidade Estadual de Maringá, sob o título 151: “O Discurso de Resistência e Revide em Conquista Espiritual (1639), de Antonio Ruiz de Montoya: Ação e Reação Jesuítica e Indígena na Colonização Ibérica da Região do Guairá”, de autoria de Saul Bogoni).