Morador denuncia dano ambiental ao IAP

A situação do depósito de entulhos na entrada do bairro provocou a formalização de uma queixa de dano ambiental ao Instituto Ambiental do Paraná – IAP.  
No dia 23 de março, a queixa foi protocolada em nome da comunidade da Vila Operária, assinada por Rubens de Arruda Martins (Rubinho da Vila). O morador esclarece que não é a primeira vez que protocola tal pedido.
Na reclamação os moradores historiam o processo que levou à grande erosão e posterior transformação em depósito de entulho, mas que na prática se tornou um lixão a céu aberto, parte por falta de controle.
O drama dos moradores, que se arrasta por décadas, ganhou um novo capítulo na última quarta-feira, quando um incêndio no lixão incomodou estudantes dos vários estabelecimentos de ensino do entorno, além de moradores, incluindo idosos de dois asilos.
Por conta disso o documento pede que o órgão ambiental do Estado seja notificado para fazer vistoria no depósito, área pertencente ao município de Paranavaí.
Partindo desse ponto, que seja exigido do Poder Executivo o licenciamento ambiental, já que se trata de atividade potencialmente degradadora ao meio ambiente e saúde pública. Ainda na reivindicação, um plano de recuperação para garantir que a área seja transformada e com segurança em espaço de lazer ou outros fins públicos.
O documento ainda pede que, para que área continue recebendo somente entulhos, que seja firmado um termo de compromisso, constando que o local tem que ser devidamente isolado, com portão, guarita e com horário de funcionamento e fiscal ambiental para fazer cumprir as normas.
Arruda Martins, em nome dos moradores, conclui que existem leis ambientais para solucionar o problema, “o que falta é vontade administrativa por parte dos poderes públicos constituídos”.
SEMANA DIFÍCIL – Este pedido se torna mais representativo diante do grave problema verificado no local anteontem. O Corpo de Bombeiros foi chamado a intervir e mobilizou o efetivo para debelar as chamas que se formaram e persistiram por várias horas. Também a Vigilância em Saúde compareceu, constatando a situação complicada que se formou.
Tal situação resultou em uma recomendação enviada ontem à tarde para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Nela, a Vigilância faz sugestões e pede, no prazo de 72 horas, apresentação de medidas para amenizar o problema.
São milhares de moradores da Vila Operária e um agravante: A região concentra escolas, dentre as quais, o Caic, Cecap, Escola Curitiba e Getúlio Vargas. Para as crianças, certamente um incômodo que se repete de tempos em tempos, já que a poluição visual e ambiental é permanente.
PROPOSTA DE TERCEIRIZAÇÃO – Conforme publicado na edição do DN ontem, o secretário de Meio Ambiente, Edson Hedler, diz que a solução definitiva passa pela contratação de empresa terceirizada para manejo e gerenciamento, de acordo com a lei municipal de resíduos sólidos.
A proposta já teve o aval do prefeito Rogério Lorenzetti e está na procuradoria Jurídica. O material foi apreciado ainda pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente, devendo ser enviado em breve para a Câmara de Vereadores, com pedido de urgência.
A empresa vencedora deverá administrar todo o depósito e transformar parte do entulho em cascalho, ofertando uma quantidade para ações do município. A quantidade de empregos gerados também fará parte da concorrência. Pela proposta, os grandes geradores vão pagar para utilizar o depósito.