Moradores de Santo Antônio do Caiuá fazem protesto em rodovia estadual

Foram mais de dez horas de protesto em que a PR-556 ficou interditada. Nenhum motorista pôde seguir viagem porque moradores e comerciantes de Santo Antônio do Caiuá (distante aproximadamente 45 quilômetros de Paranavaí) impediram a passagem. O protesto foi contra as más condições do asfalto naquela rodovia.
A paralisação começou na madrugada de ontem, por volta das 2h30. Os manifestantes queimaram pneus e fecharam a passagem de veículos com caminhões. Policiais militares acompanharam a movimentação desde o início, o que garantiu que não houvesse violência, apesar dos ânimos exaltados de quem participou do protesto.
De acordo com o vereador Marcos Sanches, um dos organizadores do movimento, há muitos anos a estrada estadual se encontra abandonada. Os reparos são paliativos, geralmente com tapa-buracos, mas estão longe de resolver o problema. “A situação do asfalto causa muitos prejuízos”, disse.
Sanches citou alguns exemplos entre os transtornos enfrentados pelos motoristas que trafegam por ali. “Precisamos fazer manutenção do carro com frequência. Sempre tem que trocar amortecedor, roda ou pneu. Imagina como ficam os veículos de emergência, como as ambulâncias?”.
Na opinião dele, recuperar o asfalto é questão de segurança. “Muitos caminhões passam por aqui todos os dias. O trânsito de motos também é grande. Manter a estrada em boas condições significa salvar vidas”, enfatizou Sanches.
O empresário Absalon Tiago Gomes Mendes, também de Santo Antônio do Caiuá, contou que a necessidade de fazer reparos nos veículos é quase diária. “Sempre levo os carros para fazer balanceamento”, garantiu. Além dos gastos, a preocupação é com a segurança dos funcionários que percorrem o trecho em questão.
REPAROS – O protesto chamou a atenção dos representantes do Governo do Estado, responsável pela conservação da via, tanto é que o superintendente regional do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Osmar Lopes Ferreira, deslocou-se até o local da interdição. Ele conversou com os manifestantes e explicou os motivos para o mau estado de conservação do asfalto.
Segundo Ferreira, questões orçamentárias impediram o repasse de verbas para a empresa responsável pelas obras na PR-556 e na PR-557 (trecho que liga Santo Antônio do Caiuá a Diamante do Norte). Agora, com a situação voltando ao normal, será possível retomar os trabalhos.
O superintendente regional do DER reconheceu que a manutenção nas estradas precisa ser feita constantemente, para evitar que sejam tomadas pelos buracos. Por isso, afirmou que uma equipe seria deslocada até os trechos mais problemáticos das duas rodovias, para fazer tapa-buracos, uma ação emergencial.
A próxima etapa, assegurou Ferreira, será executar o recape. A dificuldade em realizar o serviço está em cumprir a lista de prioridades. É que alguns trechos de rodovias estaduais estão em condições piores do que a PR-556 e a PR-557. Como exemplo, ele citou a PR-463, que liga Nova Esperança a Colorado. “Mas vamos resolver o problema”, garantiu.