Motociclistas criam listas negras na internet para alertar sobre roubos
Na tentativa de evitar ataques de ladrões especializados em roubar motos esportivas e caras, donos dos modelos mais visados apelam até para a internet, onde criaram sites para fazer alertas sobre quais pontos de São Paulo são os mais perigosos. As chamadas "blacks lists" (listas negras) servem também para relatar os roubos sofridos pelos donos das esportivas, como os ladrões fizeram o piloto parar e até mesmo um cadastro em que a vítima coloca tudo sobre a moto levada, desde a placa até o chassi, passando por acessórios personalizados. Como se fosse uma central de dados de inteligência de qualquer polícia, os cadastros particulares das vítimas de ladrões especializados em motos esportivas têm os dados de contato de quem foi atacado. A esperança sempre é a de que alguém veja a moto em circulação e avise. O economista E.J., 33, é um dos usuários dos sites que reúnem as vítimas que tiveram suas motos levadas nas grandes vias do entorno ou que cortam São Paulo. Levada em junho de 2010, a Honda Hornet do economista até hoje não foi encontrada pela polícia. Ele foi atacado na mesma região na marginal Tietê em que o delegado Paulo Pereira de Paula foi morto, no último dia 4, perto da ponte do bairro do Limão, na zona norte paulistana. Assim como o delegado, o economista também voltava de um passeio no interior, diversão bastante comum entre os donos das esportivas, que se reúnem em grupos para aproveitar as estradas no interior do Estado.
"Ao frear para entrar na pista local [da Tietê] ouvi alguém acelerando ao meu lado. O garupa estava com uma arma apontada para mim", disse o economista, que, por questão de segurança, preferiu não se identificar. "Parei em uma rua na qual eles mandaram eu entrar. Tinha medo de ser baleado. Assim que pegaram a moto, me mandaram sair andando. Pensei que tomaria um tiro nas costas e me escondi atrás do poste. Foi aí que eles partiram", continuou. 250 KM NA FUGA – Um ano antes desse roubo na marginal Tietê, o economista havia escapado de outro ataque de ladrões que queriam sua Suzuki Srad 1.000 cilindradas. Ele estava na rodovia Castello Branco, perto de Alphaville, quando teve de acelerar a 250 km/h, no acostamento, para driblar os ladrões, que estavam em duas motos. Assustado com a tentativa de roubo, o economista vendeu a Suzuki e, como parte do pagamento, recebeu a Hornet, a mesma roubada um ano depois.
"Ao frear para entrar na pista local [da Tietê] ouvi alguém acelerando ao meu lado. O garupa estava com uma arma apontada para mim", disse o economista, que, por questão de segurança, preferiu não se identificar. "Parei em uma rua na qual eles mandaram eu entrar. Tinha medo de ser baleado. Assim que pegaram a moto, me mandaram sair andando. Pensei que tomaria um tiro nas costas e me escondi atrás do poste. Foi aí que eles partiram", continuou. 250 KM NA FUGA – Um ano antes desse roubo na marginal Tietê, o economista havia escapado de outro ataque de ladrões que queriam sua Suzuki Srad 1.000 cilindradas. Ele estava na rodovia Castello Branco, perto de Alphaville, quando teve de acelerar a 250 km/h, no acostamento, para driblar os ladrões, que estavam em duas motos. Assustado com a tentativa de roubo, o economista vendeu a Suzuki e, como parte do pagamento, recebeu a Hornet, a mesma roubada um ano depois.