Motoristas do transporte coletivo se reúnem hoje com prefeito de Paranavaí

Os motoristas do transporte coletivo urbano de Paranavaí se reúnem hoje, às 10 horas, com o prefeito Rogério Lorenzetti, para apresentar as reivindicações da categoria, entre as quais o retorno dos cobradores para os ônibus. Eles argumentam que o acúmulo de funções compromete a segurança deles e dos passageiros.
Durante a negociação com a empresa Viação Cidade de Paranavaí, os profissionais também pediram reajuste salarial e incorporação de assiduidade, reivindicações atendidas, como garantiu o gestor executivo da empresa, Rogério Faria. Pelo acordo, os motoristas passarão a receber R$ 1.250.
Em relação à volta dos cobradores para dentro dos ônibus, Faria afirmou que novas contratações proporcionariam um aumento de R$ 0,50 a R$ 0,60 no preço da tarifa, sendo, portanto, inviáveis.
Ontem, assembleias foram realizadas pelo Sindicato dos Motoristas Rodoviários de Maringá (Sinttromar), com os trabalhadores de Paranavaí. De acordo com o diretor-secretário, Emerson Luís Viana Silva, pela manhã a maioria dos presentes votou pela paralisação. À noite, outra reunião estava programada, mas o resultado só seria conhecido após o fechamento desta edição.
Silva adiantou que a possibilidade de paralisação era real. Segundo ele, caso não haja respaldo da administração municipal para que as reivindicações da categoria sejam atendidas e não exista a possibilidade de negociar a volta dos cobradores, a categoria poderá parar a qualquer momento.
Números da Viação Cidade de Paranavaí revelam que a média mensal de passageiros é de 150 mil. Ao todo, a empresa conta com 15 ônibus que percorrem 13 linhas entre o centro, os bairros, os distritos e as vilas rurais.

Rogério preocupado com possível paralisação do transporte coletivo
O prefeito Rogério Lorenzetti esteve reunido ontem com o gestor executivo da Viação Cidade de Paranavaí, Rogério Faria, para conversar sobre a possibilidade de greve dos motoristas do transporte coletivo urbano na próxima semana.
Na ocasião, o chefe do Executivo solicitou ao representante da empresa que tome as devidas providências para que o serviço não seja paralisado e encarregou os secretários Nivaldo Mazzin (Governo) e José Corrêa Filho (Proteção à Vida, Patrimônio Público e Trânsito), que participaram da audiência, para acompanhar de perto o assunto.
“Com negociação e diálogo vocês poderão chegar a um acordo que seja viável e que atenda as reivindicações salariais de uma forma justa, de acordo com o mercado”, afirmou Lorenzetti.
Segundo Faria, as reivindicações salariais já estariam praticamente resolvidas, faltando resolver agora a questão do retorno dos cobradores. De acordo com ele, a volta desses profissionais representaria um acréscimo de R$ 0,50 a R$ 0,60 no valor da tarifa, tornando a decisão inviável. Ele aponta ainda que, atualmente, cerca de 75% dos usuários já fazem uso do cartão e apenas 25% continuam utilizando dinheiro para pagar pela passagem.
“A não utilização de cobradores em ônibus é uma tendência mundial, que já foi adotada por muitas cidades de primeiro mundo e inclusive está sendo estudada por São Paulo. Com o uso do cartão e sem dinheiro circulando dentro do veículo as chances de assaltos são muito menores, aumentando a segurança dos passageiros que também poderão contar com uma maior pontualidade no serviço”, avaliou o gestor executivo.
Nesta sexta-feira, 21, Lorenzetti voltará a discutir o assunto, desta vez em audiência com a categoria. (Ass. Imp. Prefeitura)