Municípios farão plano de ação contra a febre amarela

Os municípios do Noroeste paranaense vão elaborar planos de ação contra a febre amarela. Trata-se de um trabalho preventivo para aumentar a vigilância em relação à doença. Nesta semana, a Seção de Vigilância Epidemiológica da 14ª Regional de Saúde promoveu reuniões com grupos de cidades da microrregião. Participaram os profissionais de vários setores, visando a um trabalho conjunto.   
A chefe da Vigilância Epidemiológica, Samira Silva, disse que a ideia dos encontros é padronizar a abordagem, levando em conta os protocolos do Ministério da Saúde. A reunião em Paranavaí deve acontecer na próxima semana.
A região de Paranavaí é considerada área de risco para fere amarela. Por isso, todas as pessoas de nove meses a 59 anos de idade devem ser vacinadas. As doses estão disponíveis nas unidades básicas de saúde (postos).
Basta uma dose para proteger por toda a vida, ou seja, quem já tomou a vacina não precisa se preocupar. Não devem ser imunizadas as mulheres que estão amamentando nos primeiros nove meses. Também quem é alérgico a ovo não deve tomar a vacina.
Como estratégia para garantir que toda a população seja vacinada, a Regional orienta as estruturas de saúde para que façam a busca de casa em casa e orientações, inserindo a prioridade da vacina na rotina de prevenção, inclusive com a ação dos agentes comunitários de saúde.
Para a população em geral continua a regra de informar sempre que encontrar macacos mortos (ainda que a ossada) ou doentes. Os macacos não transmitem a febre amarela. Pelo contrário, servem de alerta para os homens, pois são as primeiras vítimas.
A febre amarela é transmitida por mosquitos, sendo o Aedes aegypti o principal deles. Esse mosquito transmite também dengue, febre chikungunya e zica vírus.
Por enquanto não há qualquer informação sobre casos suspeitos em animais ou seres humano na região, antecipou Samira. Ela cita o caso de duas pessoas que chegaram a fazer exames, mas, por precaução médica, uma vez que são vacinadas.
A vacina é o primeiro item que descarta a doença. No entanto, os exames foram solicitados por causa dos sintomas e porque os pacientes vieram de região com a incidência de febre amarela.
Ainda como estratégia, a Regional fez circular na semana passada um alerta aos serviços de saúde dos municípios para intensificação da vigilância em relação à doença. O documento cita as principais orientações, bem como os números atualizados para todo o país.
Os profissionais de saúde e a comunidade devem ficar atentos aos primeiros sintomas, visando à detecção precoce da doença. São eles: especialmente febre aguda (até sete dias) com início súbito e dor muscular; calafrios; dor de cabeça forte; náusea e vômito acompanhados de icterícia (pele e secreções amareladas) e ou hemorragias.
No Estado do Paraná não há casos confirmados autóctones (de origem interna, isto é, sem relação com pessoas que viajaram) desde 2008. Ainda assim, a proximidade com regiões  onde há casos, faz intensificar as ações preventivas.
O trânsito de pessoas também preocupa neste período em que o desafio é barrar a entrada da doença. Uma das preocupações é com o Carnaval, quando muita gente aproveita o feriado para viajar.