Na ACIAP, deputado defende reforma para reduzir carga e simplificar sistema tributário

Em encontro com lideranças empresariais, políticas e comunitárias, na Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (ACIAP), o deputado Filipe Barros (PSL), da bancada paranaense, defendeu que o Congresso Nacional comece, logo após a conclusão da votação da reforma Previdência, discutir e votar a reforma tributária. “Só que uma reforma só tem sentido se diminuir a carga tributária e simplificar todo este sistema brasileiro, que é um dos mais complexos e confusos do mundo”, disse ele.
O posicionamento externado pelo parlamentar foi em resposta ao ex-presidente e atual vice-presidente de Eventos da ACIAP, Guto Costa, que, na saudação ao deputado, disse que a entidade tem como foco o desenvolvimento regional e que está aliada e apoiando todos os movimentos reivindicatórios que promovam o crescimento do Noroeste.
“Não fazemos reivindicações de varejo. Nosso foco é o desenvolvimento como um todo. E, hoje, um dos obstáculos para o desenvolvimento econômico é a pesada carga tributária que recai sobre os ombros das empresas. É preciso colocar em prática o que o presidente Jair Bolsonaro dizia na campanha de ‘Menos Brasília, Mais Brasil’. É assim que o país vai retomar o desenvolvimento”, defendeu o líder empresarial.
Agradeceu ao vereador Lucas Barone, que acompanhou o parlamentar, que tem atendido as pautas do setor empresarial. “Ele tem estado atento aos nossos interesses e intercedido em favor do desenvolvimento econômico do município”, relatou.
Por sua vez, Barone voltou a se colocar à disposição da entidade e, ao saudar a plateia, disse ao deputado que ali estavam reunidas pessoas que, como a ACIAP e a Sociedade Civil Organizada, praticam a “política do bem”.
PAÍS BUROCRÁTICO – Na sua manifestação, Barros explicou que decidiu que quer representar Paranavaí no Congresso Nacional. “Sinto que é uma obrigação moral”, disse ele, explicando que seu pai nasceu em Paranavaí, deixou a cidade aos 16 anos, mas ainda hoje tem tios, tias e primos na cidade. “Vim várias vezes passar minhas férias aqui”, revelou, acrescentando que, pelo menos, a cada três meses estará na cidade.
Informou que, historicamente o Norte e Noroeste do Paraná têm sido relegado em investimentos do Governo Federal. “80% das verbas federais que vem para o Estado destinam-se a Curitiba, região metropolitana e um pouco para o litoral. O restante do Paraná fica com 20%”, apontou. Reforçou que hoje o que sustenta o país são as médias empresas e o agronegócio, que não estão nos grandes centros. “O agronegócio e as médias empresas nadam contra a maré e estão empreendendo, o que não é fácil n o Brasil, um país burocrático, que tem um Estado pesado, grande e difícil de sustentar. Tem que deixar o povo trabalhar. Não é papel do Estado ficar interferindo a atrapalhando a produção”, enfatizou o parlamentar.
Filipe Barros disse que tem levado esta preocupação ao governo e que por ser do partido do presidente Jair Bolsonaro tem aproveitado a aproximação para apresentar os pleitos do Estado, em especial de quem quer produzir. Na sua avaliação, o Governo tem atuado para dar respostas. “A reforma Previdenciária é um exemplo. Sem a reforma da Previdência tudo iria para o fundo do poço. Nossos impostos são dos mais altos do mundo, só que, de tudo que é arrecadado apenas 8% vão para educação, 9% para a saúde e 60% vão para cobrir o rombo da Previdência. Ninguém investe num país assim”, sentenciou.
Depois de defender a redução da carga tributária e a simplificação do sistema, o deputado disse que “o dinheiro tem que ficar nas cidades. É aqui que o cidadão vive”.
Na sequência, defendeu o pacote anticrime idealizado pelo ministro Sérgio Moro para combater a corrupção e o crime organizado. Filipe admitiu que este projeto tem dificuldades em ser aprovado, porque há parlamentares que não quer ver o cerco se fechar ao Caixa 2 de campanha, por exemplo. “Assim como fez com a reformas da Previdência, a população tem que ir às ruas para defender o pacote anticrime e pressionar pela sua aprovação. As ruas têm força”, ponderou.