No Monte…
O evangelho de Marcos nos apresenta basicamente duas perguntas: Quem é esse Jesus de Nazaré? A resposta: É o Messias, Servo Sofredor, crucificado e ressuscitado, verdadeiro Filho de Deus. E uma terceira que se liga a elas: O que significa para nós ser discípulos, discípulas deste Jesus de Nazaré, o Cristo, como seguí-Lo? A resposta de quem é Jesus está no início (Mc 1,1); no meio (Mc 8,29) e no fim (Mc 15,39).
Nos três sinóticos aparece como importante baliza no caminho de Jesus a sua pergunta aos discípulos sobre o que as pessoas diziam e pensavam acerca d’Ele (Mc 8,27-30; Mt 16,13-20; Lc 9,18-21). Nos três evangelhos Pedro responde em nome dos doze apóstolos com uma confissão que se distingue claramente da opinião das “pessoas”. Nos três evangelhos, Jesus anuncia logo a seguir sua paixão e sua ressurreição e continua o anúncio do seu próprio destino com um ensinamento sobre o caminho do discipulado, do seguimento dos seus passos que é o crucificado. Nos três evangelhos, Ele explica, porém, este seguimento da cruz de um modo radicalmente antropológico, como o necessário caminho da renúncia, sem o qual não é possível ao homem encontrar-se (Mc 8,31-9,1; Mt 16,21-28; Lc 9,22-27). E, finalmente, segue-se nos três evangelhos o relato da Transfiguração de Jesus, o qual explica e aprofunda a confissão de Pedro e ao mesmo tempo faz sua ligação com a morte e a ressurreição de Jesus.
A confissão de Pedro só pode ser entendida corretamente no contexto em que se encontra com o anúncio do sofrimento e com as palavras a acerca do seguimento: estes três elementos: a palavra de Pedro e a dupla resposta de Jesus – estão inseparavelmente ligados, e, assim a ratificação pelo Pai, pela Lei e pelos Profetas na da Transfiguração, são indispensáveis para a compreensão da confissão. No evangelho de Marcos Jesus está “a caminho”, o que significa o começo da subida para Jerusalém, para o centro da história da salvação, para o lugar no qual deveria consumar-se o destino de Jesus na cruz e na ressurreição, mas também onde, depois destes acontecimentos a Igreja teve o seu início.
“Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e João, e conduziu-os a sós a um alto Monte. E transfigurou-se diante deles”. (Mc 9,2) Encontraremos de novo os três no Monte das Oliveiras (Mc 14,33), na derradeira agonia de Jesus como a réplica da Transfiguração. Aqui também se relaciona Moisés que toma consigo na sua subida Aarão, Nadab e Abiu e setenta anciãos de Israel. Os vários montes da vida de Jesus: O Monte da tentação, do grande Sermão, da oração, da Transfiguração, da Agonia, o Monte da cruz e o monte do ressuscitado; por trás aparece os montes – Sinai, Horeb, o Moriah, montes de revelação do Antigo Testamento, que são todos ao mesmo tempo montes de paixão e de revelação. A partir da história conhecemos a história de Deus que fala e a experiência da paixão com o seu ponto mais elevado no sacrifício de Isaac, no sacrifício do cordeiro, que chama antecipadamente a atenção para o cordeiro oferecido sobre o monte do Calvário. Moisés e Elias tiveram de receber a revelação no monte de Deus; eles estão agora conversando com aquele que é em pessoa a revelação de Deus.
“E Ele se transfigurou diante deles”. “O seu rosto resplandecia como o sol, e os seus vestidos tornaram-se brancos como a luz”. A Transfiguração é um acontecimento da oração; (Lc 9,29) torna-se claro o que acontece no diálogo de Jesus com o Pai; a mais intima penetração do seu ser com Deus, que se torna pura luz. Na sua unidade de ser com o Pai, o próprio Jesus é Luz de Luz. O que Ele é no seu mais íntimo, e o que Pedro tentou dizer na sua confissão, tornam-se sensivelmente perceptível neste momento: o ser de Jesus na luz de Deus, a luminosidade própria da sua condição de ser Filho.
Estamos neste tempo da Quaresma subindo com Jesus para Jerusalém, Ele nos convida a segui-Lo no seu Caminho. Qual a nossa resposta? O Pai confirma que Ele vai vencer e manda: “Este é o meu Filho Bem Amado, escutem o que Ele diz”. (Mc 9,7). Também sobre nós brilhará a Glória de Deus, se as nossas vestes forem lavadas no sangue do Cordeiro.
Nos três sinóticos aparece como importante baliza no caminho de Jesus a sua pergunta aos discípulos sobre o que as pessoas diziam e pensavam acerca d’Ele (Mc 8,27-30; Mt 16,13-20; Lc 9,18-21). Nos três evangelhos Pedro responde em nome dos doze apóstolos com uma confissão que se distingue claramente da opinião das “pessoas”. Nos três evangelhos, Jesus anuncia logo a seguir sua paixão e sua ressurreição e continua o anúncio do seu próprio destino com um ensinamento sobre o caminho do discipulado, do seguimento dos seus passos que é o crucificado. Nos três evangelhos, Ele explica, porém, este seguimento da cruz de um modo radicalmente antropológico, como o necessário caminho da renúncia, sem o qual não é possível ao homem encontrar-se (Mc 8,31-9,1; Mt 16,21-28; Lc 9,22-27). E, finalmente, segue-se nos três evangelhos o relato da Transfiguração de Jesus, o qual explica e aprofunda a confissão de Pedro e ao mesmo tempo faz sua ligação com a morte e a ressurreição de Jesus.
A confissão de Pedro só pode ser entendida corretamente no contexto em que se encontra com o anúncio do sofrimento e com as palavras a acerca do seguimento: estes três elementos: a palavra de Pedro e a dupla resposta de Jesus – estão inseparavelmente ligados, e, assim a ratificação pelo Pai, pela Lei e pelos Profetas na da Transfiguração, são indispensáveis para a compreensão da confissão. No evangelho de Marcos Jesus está “a caminho”, o que significa o começo da subida para Jerusalém, para o centro da história da salvação, para o lugar no qual deveria consumar-se o destino de Jesus na cruz e na ressurreição, mas também onde, depois destes acontecimentos a Igreja teve o seu início.
“Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e João, e conduziu-os a sós a um alto Monte. E transfigurou-se diante deles”. (Mc 9,2) Encontraremos de novo os três no Monte das Oliveiras (Mc 14,33), na derradeira agonia de Jesus como a réplica da Transfiguração. Aqui também se relaciona Moisés que toma consigo na sua subida Aarão, Nadab e Abiu e setenta anciãos de Israel. Os vários montes da vida de Jesus: O Monte da tentação, do grande Sermão, da oração, da Transfiguração, da Agonia, o Monte da cruz e o monte do ressuscitado; por trás aparece os montes – Sinai, Horeb, o Moriah, montes de revelação do Antigo Testamento, que são todos ao mesmo tempo montes de paixão e de revelação. A partir da história conhecemos a história de Deus que fala e a experiência da paixão com o seu ponto mais elevado no sacrifício de Isaac, no sacrifício do cordeiro, que chama antecipadamente a atenção para o cordeiro oferecido sobre o monte do Calvário. Moisés e Elias tiveram de receber a revelação no monte de Deus; eles estão agora conversando com aquele que é em pessoa a revelação de Deus.
“E Ele se transfigurou diante deles”. “O seu rosto resplandecia como o sol, e os seus vestidos tornaram-se brancos como a luz”. A Transfiguração é um acontecimento da oração; (Lc 9,29) torna-se claro o que acontece no diálogo de Jesus com o Pai; a mais intima penetração do seu ser com Deus, que se torna pura luz. Na sua unidade de ser com o Pai, o próprio Jesus é Luz de Luz. O que Ele é no seu mais íntimo, e o que Pedro tentou dizer na sua confissão, tornam-se sensivelmente perceptível neste momento: o ser de Jesus na luz de Deus, a luminosidade própria da sua condição de ser Filho.
Estamos neste tempo da Quaresma subindo com Jesus para Jerusalém, Ele nos convida a segui-Lo no seu Caminho. Qual a nossa resposta? O Pai confirma que Ele vai vencer e manda: “Este é o meu Filho Bem Amado, escutem o que Ele diz”. (Mc 9,7). Também sobre nós brilhará a Glória de Deus, se as nossas vestes forem lavadas no sangue do Cordeiro.
(Texto escrito a partir de: Jesus de Nazaré de Bento XVI)